sábado, junho 30, 2012

Estão indo embora as festas juninas, mas minha avó, minha mãe e minhas tias se animaram para fazer comilanças e é incrível... observar as conversas e os sorrisos de fadas lembram-me tantas histórias que li. As mulheres de Jane Austen, aquela escritora inglesa que tão bem retratou o universo femino (hostil) da época. Saramago, então, diria "O mundo sairia do eixo sem as conversas das mulheres". 

Enquanto preparávamos o jantar e lanches relembramos histórias do passado do presente... Todas começaram a desfiar um rosário de "reclamações" sobre as ausências do meu namorado "Ele sempre tão ocupado. E vc (como sempre) tão sozinha". Bem... murchei mais ainda, né? Já adormeci ontem me sentindo tão down pós conversas com Gabi e Mille... Minha alter-ego (como ela diz), Karol Rios, me soltou uma farpa ontem bem curiosa... "Sabe quem vc me lembra, Mi? A mulher do médico de 'O ensaio sobre a cegueira', mas de forma inversa. Porque ela era a única que via tudo, só ela enxergava numa situação em que tudo estava neblinado. No entanto, vc parece tão cega. Não foi vc que estudou tanto Saramago?". Ela disse mais ou menos isso.
Mas será, meu Deus? Será que estou vendo de menos e espontaneamente (hoje, sim, e totalmente) sentindo demais? Será que o que me alimenta é mesmo tão pouco (de novo!) e estou me contentando com miragens acenadas, ora ao longe, ora de pertinho, mas sempre de fumaça, areia, água... 
Anyway.
Mi.

03 de julho: relendo o texto acima percebo... o quão errada minha amiga Karol Rios estava. Não estava enganada... Não estava cega... Sinto-me feliz. E os detalhes não precisam ser ditos.
Mi.

quinta-feira, junho 28, 2012



Vende-se uma casa encantada
no topo da mais alta montanha.
Tem dois amplos salões
onde você poderá oferecer banquetes
para os duendes e anões
que moram na floresta ao lado.
...

...
Tem jardineiras nas janelas
onde convém plantar margaridas.

Tem quartos de todas as cores
que aumentam ou diminuem
de acordo com o seu tamanho
e na garagem há vagas
para todos os seus sonhos.

- Roseana Murray.


Ela acaba os seus exercícios. Cruza a academia pegando delicadamente a mão de sua amiga Maria. Procura-o, com o olhar, em alguma esteira. Ouve-o distraída chamando seu nome... E a chama com um leve tom de "Êii, estou deste lado". Soa-lhe doce esse som. E ela sorri.
Vai até ele, pousando-lhe dois beijos doces nos lábios. Um de "Olá" outro de "Até mais tarde". Entre amigas, ele colhe os mimos enquanto ela pensa em silêncio: "Como é bom ver-te todos os dias".

Nova Coleção Histórias Doces e Breves.

domingo, junho 24, 2012

Umas tais enfermeirinhas

Ela entra e desce do carro em silêncio. Geralmente, não é assim. É tempo de festas juninas, mesmo assim lembra de procurar pastinhas no centro da cidade, só para ele organizar seus papéis pessoais. Vão à casa de um amigo como combinaram no almoço de sábado à tarde. A noite está fria, mas bonita. À frente da casa, arde uma fogueira animada. Estalam um beijo breve e discreto. Chegam, sentam-se, cumprimentam os amigos. Ainda amuada, ela mantém-se reticente. Mas não por muito tempo. Afinal, não aguenta: 

"Você voltou a falar com Aline M. e Flávia F.? 
Entregando iPhone a ela: - Veja você mesma". 

Alguns minutos passam-se, ela lê tudo: Desabafos. Mágoa. Ódio. Insultos (De uma delas. São tantas essas tais enfermeirinhas...). Depois das lamúrias da menina cheia de ódio (Nossa! Como há gente que gosta de assumir o papel de "coitadinha", a pessoa paulista solta um "Acho que vou morrer de tristeza" Pq? "Por não falar mais com vc". Ela vê nisso um desconforto... Afinal, jamais daria sua atenção a outro homem, mas o observa gastar seu tempo "assim". A outra (baiana) solta outra farpa "Sinto saudades". Ele jura que são ambas apenas amigas.
Mas, de certa forma, a resposta feita no início da breve conto foi respondida. Então, ela procura sorrir e o cobre de carinho. Ele colhe os mimos com ternura. Pensa... "Por que ele AS alimenta? Será que já fez mesmo a sua nova escolha? Às vezes, parece que sim. Noutras, no entanto, a dúvida reina e inquieta, machuca profundamente.

A calma, os risos e conversas juninas entre amigos preenchem o ambiente com alegria. Pensa ela: Então sou possessiva? Manipuladora? Eu? - Risos... - reflete injustiçada e já menos chateada. E com aquela tal resposta, o céu acendeu-se de estrelas enfim... Deus no comando! Ele parece bom. E justo. Sempre!
__________ Nova coleção "Histórias 'engraçadas'" ______________


Bombas juninas

Mas será que alguém poderia me dizer (amigos leitores) para que raios servem as bombas juninas?
No nordeste, nunca vi tanto barulho na vida. Por instantes, chego a pensar que estou na faixa de Gaza ou em qualquer zona dessas de conflitos "religiosos" (sócio-econômico). Pergunto-me "Será que esse povo tá querendo sentir-se em guerra?". Ahhh uma passagem só de ida pro Yemen! rs. E uma das poucas coisas boas do São João são as comilanças! Hummm, delícia!
Mi*

quinta-feira, junho 21, 2012

Separe coisa por coisa:
de um lado o pólen do passado,
as raízes do que foi importante,
os retratos os bilhetes,
os horários de chegada
de todos os navios-piratas...

Os sinos que anunciam
que há um amigo na estrada.

 Do outro lado, um espaço vazio
para o que vai acontecer:
as surpresas do destino,
os desatinos do acaso.

- Roseana Murray
RECEITA DE ARRUMAR GAVETA



Quando os ventos de mudança sopram,
umas pessoas levantam barreiras,
outras constroem moinhos de vento.

ÉRICO VERÍSSIMO


That's my favorite one nowadays...
Smelling like a rose.
Always...
Mi.


Todos nós somos um mistério para os outros...
E para nós mesmos.

ÉRICO VERÍSSIMO


quarta-feira, junho 20, 2012


Quero asas de borboleta azul
para que eu encontre
o caminho do vento
o caminho da noite
a janela do tempo
o caminho de mim.
...

- Roseana Murray


Nós e o Tempo
O tempo em nós...

De uma coisa não posso negar... a vida não é tão injusta assim conosco. Digo isso porque, embora percamos, com o tempo, a juventude, o tempo nos recompensa com o ganho da maturidade. É como uma lei da compensação, tipo: "Vou tirar-te milhões de coisas: saúde forte, pele viçosa, cabelos sedosos, anos dourados quando todos os erros são perdoados. Porém, dou-te paz interior, menos ansiedade tudo amparado pela experiência com momentos anteriores". E parece ser mais ou menos assim... Um acordo sutil, mas fiel, entre nós e Deus, entre nós e o Tempo. E hoje agradeço às minhas vivências passadas por me conferir agora apoio emocional para, simplesmente, continuar sendo eu mesma, na minha mais pura forma de ser e estar.

Mi-just me*


Quando eu estiver
com o olhar distante,
maninha,
com um jeito esquisito
de quem não está presente,
não se assuste,
fui logo ali,
no quintal do céu,
colher uma estrela cadente.

- Roseana Murray.



Com que medida se mede o amor?
Com quantas luas
ou sóis oceanos
tormentas
com quantos pequenos
ou quase imperceptíveis gestos?
...
perfumar a casa
fazer a cama
cortar o pão
rearrumar os sonhos

Pronuncio o teu nome
e de muito longe
um oásis habita
e o ar estremece
povoado de anjos

- Roseana Murray

GESTOS


terça-feira, junho 19, 2012



Prefiro partir nas primeiras horas do dia
quando as nuvens ainda são suave carícia.
Levarei comigo uma bagagem tão pequena
que ninguém nem mesmo notará:
uma bússola feita de vento
...
e um embrulho de sonhos
mais leve que a luz.

- Roseana Murray.



"Cuidado com os olhares de quem não sabe te amar.
Eles costumam lhe fazer esquecer que você vale a pena!"
- Pe. Fábio de Melo
  E isso nunca pode acontecer... ♥

(((ESTOU CURADA!)))

 

terça-feira, junho 12, 2012

Olha como eu tou romântica hoje, gente:
Duas loiras estavam no céu e começaram a conversar:
Loira1 - Como você morreu?
Loira2 - Morri congelada
Loira1 - Nossa, que horror. Como é morrer congelada?
Loira2 - Bem, primeiro você congela o braço, a perna... e depois morre. E você, como morreu?
Loira1 - Eu morri porque tive um infarto.
Loira2 - Nossa, como foi?
Loira1 - Eu estava desconfiando que meu marido estava me traindo. Aí então eu voltei do trabalho e vi que ele estava sozinho. Continuei desconfiada e fui procurar a amante dele no porão, no quarto, no patio, corri tanto e tive um infarto e morri.
Loira2 - Puxa colega, se você tivesse procurado no congelador, nós duas estaríamos vivas!
E olha que sou habituada a ver tudo pela ótica da literatura...
Feliz Dia dos Ados, povo!
Mi.




Brincadeiras à parte...
Mesmo sem que ele veja, agradeço ao meu namorado por estar (de certa forma) sempre presente. Por ter aberto as portas da sua casa e da sua família pra eu entrar (tal qual o fiz eu tb). Por ter me dado uma sogra querida, doce e, sobretudo, a mais perfeita aliada, que me apoia, me estimula, me anima quando desanimo (é mulher demais na "parada"! Socorro!!).
Pelo sogro alegre e falante que me trata por "princesa" (igual ao filho), pelos torpedinhos com doces "Beijos de 'Bom dia. Boa tarde. Boa noite. Boa madrugada. Beijos de saudades e etc'". Pela cia adorável, enfim!
Mas não é fácil... não tem sido fácil. E continuamos assim.. tentando! Longe ou pertinho... tentando. Há dias mais felizes, há torpedos mais amáveis, mas tentando... sempre.
E é isso... obrigada pelos filminhos assistidos juntos, mãos entrelaçadas, pelos programinhas "lights", pelos outros q... nem tanto o são. Por confiar em mim, mesmo quando viaja... por me deixar dormir em sua casa rodeada pelos seus objetos pessoais, pelas nossas roupas que se misturaram naquela cadeira perto da cama. Enfim, enfim!... Ele nem vai ler nd disso, pq não sonha sobre a existência desse blogue (Não se entrega o ouro assim mais, não!). Mas quis desabafar... Continuo tentando. Isso ninguém pode negar. Nem minha família, nem qq outra pessoa...
Mi.

segunda-feira, junho 11, 2012

Poema do meu amigo carioca de facul Lipe Couto.

Ouve:
...
agora tu não podes mais me deixar.

Porque é só pelo teu corpo
que conheço a medida do meu;

e sem teus olhos, sem teu rosto,
meu próprio espelho se perdeu.

Ouve:
teu lugar não é mais a meu lado.

Porque agora
tu já estás em mim.

E não podes me trair.

Afinal, como seria
ser quem sou (e viver comigo)

se de mim mesmo estivesse separado?
se de mim mesmo fosse temido ou odiado?

Ouve:
eu te amo.

E porque te amo
mais do que alguém imaginaria,

desaprendi todos os meus limites,
e hoje sou pessoa além do que merecia."

(Filipe Couto, Breves Cantares de Nós Dois, p. 129)

sábado, junho 09, 2012


No face
Bem diferente do "Dolce far niente" do feriado, hoje já estou trabalhando... Desde a hora que acordei com o torpedinho "dele", me dando "Beijo de bom dia", estou trabalhando, elaborando as provas... Entre um parágrafo e outro... Conversa vai, conversa vem com minha amiga (a doce, mas determinada) Liu Fernandes, ela me inspira, conversa, me convida pra passear na Grécia (tá baratoooo. Quero ir!!). Em meio a isso, ela repete, reforçando: Amiga, a gente ama até 1000 vezes se for preciso".
E fala com conhecimento de causa, pq está vivendo um novo amor num cenário mágico. Tal como sempre lhe ocorreu. Já vi minha amiga feliz, amando, na França, Inglaterra, na própria Grécia e mtos etc. Certa ela! E faz sentido. É assim que tem de ser... Faz todo sentido.
Hoje essa ideia entrou no meu coração. Meu amigo Sérgio tb vivia me dizendo a mesma coisa qdo vamos almoçar e eu falava (passado!) do meu ex.
É que às vezes a gente se vê criando laços afetivos com alguém, tecendo fios que, em si mesmo, são tão frágeis... arrebentam com tamanha facilidade... Ninguém dá laços e nós bem atados com materiais cedidos por promessas que não conseguem se cumprir. De novo eu num bordado difícil... A diferença é que... hoje em dia, reconheço meus limites... Todo mundo tem os seus...
Mi-até bem!... mas com pé no chão.



Porque, quando se gosta de alguém, sente
necessidade da outra pessoa: não por dependência,
carências , outras coisas...
Mas porque é bom estar ali,
com o corpo junto,
coração perto,
ouvindo a respiração.
Você, simplesmente, se sente em casa...
***

sexta-feira, junho 08, 2012



“Eles se amam. Todo mundo sabe, mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, el...e quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços... E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”
Tati Bernardi.

P.S.
A Tati arrasa com seus textos... Uma amiga acabou de postar este acima no Face. Eu prontamente o transferi para cá, porque boas leituras temos que compartilhar... Sempre.



Medo de ti

Disseram-me que não há potes de ouro no final dos arco-íris.
Que não existem contos de fadas, nem mesmo elas ou seus encantos.
Disseram-me que não há eternidade, nem sonhos que durem,
tampouco amores que coexistam em reciprocidade.
Disseram-me ainda que não se esquece um
 grande amor, mas que se aprende a viver sem ele...
Indicaram-me tantos caminhos e motes para aderir e pensar.
Ensinaram-me receitas, verdades absolutas e cri, anos, que não crer
em nada era como pôr os pés nos largos territórios do Paraíso,
onde o concreto e o Real caminhariam lentos, seguros, de mãos dadas.
Tudo ouvi sem nada dizer.
Ao redor, ausências me endossavam os ditos
ruins e fincaram raízes em meus pensamentos.
Mas tu... vieste acordar-me as vozes do coração.
Disseste-me "Vem, pega em minhas mãos e construas
novas verdades". Mas...

Será que é tempo de caminhar um novo caminho?
Aprender novos trajetos mais verdes e menos áridos?
Voltar a acreditar que um sopro daquele universo de encantos,
que cria quando menina, chegou ao mundo real?
onde tudo ao redor parece conspirar para deixar nossos
sonhos adormecidos?

E enlaço-me em tuas mãos que, vacilantes, convidam (ou iludem),
com medo, com muito medo. Lançando-te, sempre, um olhar receoso
mergulhado em perguntas interrompidas, guardadas
na mesma caixinha de palavras mudas...
Em silêncio,
tenho
medo
de
  ti...
Mi.


Ouvindo Colbie Caillet (nova cisma): 
-Fearless
-Stay with me
-Breath
- You got me.

quinta-feira, junho 07, 2012

DOLCE FAR NIENTE
(Frase em italiano homenageando à amiga que mora lá)

Ai que delíiiicia ter o que fazer, mas não fazer! Burlar essa regra hoje, simplesmente porque é feriado e não quero fazer naaada! Passear de blogue em blogue, conversar aqui e ali, ver o tempo passar sem me preocupar com provas pra elaborar nem outras para corrigir ou responder a recursos de candidatos. Bommm! Bommm demais!
Ouvindo aqui aquela música adorável do Bruno Mars: "Today I don't feel like doing anything. I just wanna lay in my bed. Don't feel like pickin up my phone.So leave a message at the tone 'Cause today I swear I'm not doing anything. Nothing at alllllllllll!" haha



Alter ego do amor

Será que é possível nos enganarmos com algo a que julgamos estar tão familiarizados? Quando te falo de Amor, não falo daquele sentimento que às vezes confundimos com Amor, aquele tal que enfraquece, nos sugando toda energia e o vigor, nos esvaziando por dentro e que até nos diminui. Nãaao! Não falo desse, porque... definitivamente esse não pode ser o Amor. Um alter-ego do Amor, talvez? Seu lado mais sombrio. Um bem cruel que ao invés de nos engrandecer, mata-nos aos pouquinhos, bem lentamente.
O Amor a que me refiro, traz ao de cima o que tens de melhor. E faz-te sentir uma pessoa melhor, porque te enobrece o espírito e a alma. O Amor de que te falo, torna-te iluminada, como se transportasses uma candeia acesa sempre contigo. E mesmo nos momentos mais duros, sentirás sempre uma incandescência dentro. Uma luz interior que iluminará o túnel em que te encontrares. E é essa luz que te fará crescer sempre. Nunca ao contrário, ou não será o Amor de que te falo...
This is it!


Vamos enfeitar o dia??

Hoje acordei com um canto de passarinho preenchendo a manhã e nosso lar... Meu irmão caçula trouxe para nós esse novo habitante... As crianças têm o dom de fazer tudo se renovar a cada dia para os adultos. Caimos de amores eu e mainha pelo Bilidin (Ai q nome engraçado!). Logo me interessei em lhe arrumar uma namorada e um lar maior para poderem voar juntos. Mas será possível que sempre vou querer transformar qualquer realidade em história de amor? (risos). Adoro ser cupido! Siiim, é feriado, mas já mandei providenciar uma gaiola linda pro Bilidin e a noiva que chegará. Quero acordar na casa nova com cantos de passarinhos. Romântico, não??? Siiim, mas sei bem eu.. a vida não é só feita de "flores e borboletas" e, quase nunca, há potes de ouro escondidos no final de cada arco-íris. Mas vamos enfeitar o dia???
So... this is it.


Me ama... ele!...

Tem ciúmes de mim
O Seu amor é como um furacão
E eu me rendo ao vento de Sua misericórdia
Então de repente não vejo mais minhas aflições
Eu só vejo a glória
E percebo o quanto maravilhoso Ele é
E o tanto que Ele me quer...

Oh, Ele me amou
Oh, Ele me ama, Ele me amou
Me ama,
Ele me ama
Ele me ama
Ele me ama

Somos Sua herança e Ele o nosso galardão
Seu olhar de graça nos atrai à redenção
Se a graça é um oceano, estamos afogando
O céu se une a terra como um beijo apaixonado
 

Meu coração dispara em meu peito acelerado
Não tenho tempo pra perder com ressentimentos
Quando penso que Ele
Me ama,
Ele me ama
Ele me ama
Ele me ama!...
Diante do trono.


E obrigada, meu Deus, pelo dia de paz com minha família e com "ele", com sua família...
Que assim seja.
Que assim se faça.
Mi.

quarta-feira, junho 06, 2012

Estou legal

Tenho comprado aqueles esmaltes vermelhos cor de sangue de que gosto. Ido à padaria que adoro tomar café da manhã, às vezes sozinha mas "thats ok". Passado naquelas lojas no meio do meu caminho para casa. Entro pra conferir a moda, compro alguma peça quando sinto vontade e posso. Estou legal... escuto as mesmas músicas no iPod cor de rosa (Sandy, Oases, Colbie Caillet) e coloco no pulso aquele relógio dourado com desenho de borboleta dentro. Sem pensar em nada, nem querer saber das horas que passam em lacunas. Tenho passado os gloss (VS e Natura) que ganhei de presente da minha prima Carol e da minha melhor amiga Jack. Tenho viajado, trabalhando, rido de vez em quando... 
Hoje até peguei 3 livros da prateleira. Tá bem que não consegui passar nem da 4a página. Jane Austin me entediou com o inglês oitocentista (boiei e o larguei de mão de volta à poeira), os outros me fizeram bocejar... Percebi que ainda não é dia de leitura. Então, só me observei... assim: sobrevivendo; reagindo. Reajo, levanto, trabalho, malho e abraço minhas amigas com a mesma ternura. Ninguém tem nada a ver se ando na corda bamba, se troquei 6 por meia dúzia, se ando a ler um novo texto de difícil leitura.



Saio da academia sempre pousando um beijo estalado na bochecha cor de rosa das minhas gurias Vani e minha bonequinha (não sei por quanto tempo ainda continuaria cega, surda e muda se não fosse minha bonequinha: AMO-AS!). .
Só quero juntar mais certezas, reunir mais forças... porque não inventei o amor, não inventei tristeza. Deram-nos para mim...
A madrugada já, já começa... Ganhei uma insônia daquelas!
Não queria pensar em coisas tristes... Queria formatar ou reiniciar minha mente como fazemos com os notebooks... Fugir do passado e do presente.
Queria férias dos meus pensamentos e não refletir sobre mais nada, porque, de alguma forma, pensar no amor, tentar entender o amor e procurar imagens de amor me fariam acreditar que ainda é possível viver isso de uma forma doce, delicada, simples e tranquila. 
E uma vozinha no coração me dizia quando voltava pra casa "Não sofre!...". Quis me trancar no quarto depois do banho e só sair de lá quando conseguisse arrumar meus pensamentos.
Consegui... Masss por que crescer dói?  Tento me tranquilizar. Aprendi a me conformar com as disparidades, dissabores...
Só queria me certificar de que não sou uma metáfora ambulante, um eufemismo, figura de linguagem indefinida. O problema não é em mim... Só tenho procurado reagir e compreender as pessoas da melhor forma que posso. E eu sei que sim... preciso acreditar que, sim, claro... estou legal. E tenho procurado fazer tudo que sempre costumei fazer. Isso me faz acreditar que a vida segue... e eu estou realmente bem.


Porque sejam as Flávias, Alines, Julietes ou Julianas (do Facebook: várias!), L. ou quem quer que sejam... Mesmo aquela streep virtual (meu Deus qto trauma acumulei [e cada uma pensando q são as únicas. Pq amantes sempre pensam que são as únicas]), todas as mulheres, no fundo, só querem acreditar que o amor existe e é possível pra elas, sonhando com alguém que não machuque seus corações... E depois... a surtada sou eu...
Mi*

terça-feira, junho 05, 2012

Na esteira

Fiz um pouco de esteira com meu amigo Gugu hoje...  Ele relembrou comigo a história da moça de quem gostou, mas que a deixou escapar por inexperiência ou qualquer outro motivo do gênero. Sempre se emociona (sutilmente) narrando essa história. Pensei sobre uma coisa que ele me disse hoje no MSN, antes de irmos malhar: "Ainda sinto que vai dar tudo certo entre vocês". Gosto quando ele me lembra que sou "uma guerreira", como costuma de vez em quando dizer...  Mas fiquei pensando... esse seu "sentir" é só reflexo de um querer imenso que eu e "minha insônia" sejamos felizes. Porque, quando queremos muuito algo (para si ou para outrem) chegamos a sentir que esse tal algo está perto, pertinho... como uma esperança forte e persistente. Mas embora amuada e com poucas esperanças, queira Deus que essa sensação, meu amigo, seja amparada por boas vibrações e que os anjos todos digam (harmoniosos) nos céus um tão esperado "Amém".
Mi... reticente.

"So many quite words to tell.
So many dreams to wake...
And there's so much love to make..."
Stephan Bishop.

Depois de anos, Iracema nas minhas mãos...

Já faz anos que li "Iracema", de José de Alencar e, hoje, relendo este texto ainda me emocionei com a história. A colonização do índio, a supremacia do homem branco, Moacir o filho da dor, emblema de 1o filho da mistura dando origem ao povo brasileiro. O amor da doce Iracema pelo português e a forma como ela amamentou seu filho faminto com o próprio sangue, já que não tinha leite e não se alimentava há dias... Me segurei para continuar a leitura na sala em voz alta, sem pensar nas ínumeras índias que se envolveram com pessoas que lhes desrespeitaram, que incutiram seus ditames e cultura a um povo que já tinha as suas crenças. Não precisavam da dos europeus. Os índios nem os negros precisavam dessa cultura e língua europeia que circulam por nossas veias mestiças. Por que o diferente causa tanta estranheza? Por que os que parecem mais frágeis são vistos como bobos "colonizantes"?
Por isso, penso em Saramago quando diz: "Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro." - Saramago.
Não temos que convencer ninguém a entender como somos por dentro, ou o que esperamos dela, o que sonhamos para elas... Quem quer... vem ver de perto... e, sobretudo, respeita, aceita, contribui, soma...
E quanto à "virgem dos lábios de mel" oitocentista será que só restou aquela praia que visitei (em 2000) em Fortaleza? Claro q não... A literatura a ressuscita. Sempre. Eu hj fiz isso...
Just me*

sexta-feira, junho 01, 2012


COSTA DO SAUIPE

Não faz mal ter perdido todas as páginas do livro que estava escrevendo. Afinal, vão-se os anéis, ficam-se os dedos", nunca esqueço desse dito que minha tia me disse quando fui assaltada em Olinda (1999), numas férias em Recife.
E é verdade... Precisava de um lugar para renovar minhas energias, recarregar minhas baterias. Agora, vai! A inspiração voltou. Fui pegá-la na Costa do Sauípe.
Já sei tudo o que tenho de escrever, só me falta concentração. Mas o que eu queria saber... já sei. Precisava descobrir se eu ainda estava aqui, se o lirismo e a inspiração não haviam batido asas como pássaros assustados. E, sim, está tudo bem... Ainda estou aqui... Mais inteira que nunca, porque, definitivamente, uma mulher completa como me sinto hoje não mereceria nada pela metade.

Nem minha própria inspiração poderia estar despedaçada... Posso ter deixado muito de mim perdido no tempo que desperdicei, mas me sinto profundamente feliz em outros aspectos. Portanto, já posso voltar a escrever! Na primeira página, quero narrar a história do Gugu e da Kate. Crônica maluca, mas que nos rende muuuitas conversas, risadas e falta de compreensão (a garota é uma interrogação misteriosa!). O Gugu personagem real é meu melhor amigo, no momento. Conheço-o há uns 2 anos, porque ele pega peso pra mim na academia rsrs. Gente boa demais. Meu cupido e padrinho atrapalhado! Ontem passamos 3 hras conversando. E é sempre assim quando sinto química com alguém: muuuitas hrs e eu sempre querendo saber todos os capítulos das suas histórias, como uma cronista atenta. Precisava ouvir mais sobre ele e a Kate. Já conversei com essa guria no Face. E não é que ela me parecia um amor? Deve até ser, mas quase nos punha malucos tentando interpretá-la pelo celular. Prometi escrever sobre isso e me animei demais, demaiss! Minhas crônicas feirenses e cariocas ainda vão render!
Mi-Animadinha.
Just me*