quinta-feira, agosto 28, 2008




"Às vezes, é preciso uma certa distância para que se possa enxergar os próprios erros".
D. Afonso, in "Os Maias".

quarta-feira, agosto 27, 2008




"Que hoje eu te amo, não vou negar!... Que outra pessoa não servirá. Tem que ser você sem por que nem pra quê. Tem que ser você, sem ser necessário entender".

Dragonfly*



"Nenhum esquecimento é inocente" - Freud.
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E não é verdade? É engraçado... nosso cérebro é bem "espertinho". Vive se esquecendo de coisas importantes, as quais ele não
simpatiza mto. Quando tenho de ir ao médico, por exemplo, preciso pôr recadinhos no celular e anotar em qualquer papel. Há outras coisas, no entanto, que tento esquecer e não consigo... Tudo o que dá alegria, emoções fortes, enfim... nosso cérebro faz questão de lembrar. Isso me faz pensar que sempre temos as respostas das perguntas que nos fazemos... O difícil é aceitar as nossas decisões, lutar contra nossa natureza... Nem sei pq estou falando sobre isso. No princípio, tudo era caos, e eu disse, ou escrevi, e tudo se torna
mais claro. É por isso, talvez, que escrevo.
Pq a escrita ilumina o que sinto, focaliza com mil luzes em meio ao caos escuro
aqui dentro. A escrita ilumina o que nem eu sei que me perturba... E, num repente, tudo parece existir. Reverencio a linguagem. A maior invenção de todos os tempos.
Mi.*

quinta-feira, agosto 21, 2008

Quem são as fadas?*
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A literatura da Idade Média e os contos infantis maravilhosos,
nos ensinam que as fadas são seres femininos dotados de poderes sobrenaturais.
Fisicamente, aparecem sempre com traços de uma
jovem dama de beleza excepcional, ricamente vestida com trajes cujas
cores dominantes são o branco, o ouro, o azul e sobre tudo o verde.
Sua varinha mágica com uma estrela na ponta
é símbolo de seus poderes mágicos.
Seus contos, ainda na atualidade, continuam a incendiar
imaginação dos pequenos, enchendo de magicidade
os corações que experimentam viver com a essência das
fadas dentro do coração...

sábado, agosto 09, 2008




Filhos de tempo
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Lembrei-me, agora, daquela conhecida, e já quase clichê, frase de Ricardo Reis "queiramos ou não, passamos como um rio". São dia dos meus anos e este pensamento é uma boa visita. Estava a folhear páginas antigas do meu diário. Apraz-me ver que, há bastante tempo, venho buscando trazer um pouco de conhecimentos literários para a intimidade. Misturo-os a acontecimentos cotidianos e o resultado são: páginas-retrato do meu passado, um mapeamento interior e silecioso.
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"Passamos como o rio, o rio passa como nós..." E não me adianta fugir do deus Cronos. Cedo ou tarde, ele nos engolirá a todos, porque somos filhos do Tempo. O diário já acabou há alguns meses e tenho mantido uma relação íntima com o laptop, que tem se tornado um grande amigo. Contudo, acho, nada substitui a delícia que
É o contato com a esferográfica e o papel. Escrevendo a punho, sinto as palavras e as toco de uma Maneira como se mostrassem mais vivas. Como quando passeamos de automóvel nalgum lugar, e tudo parece cômodo, bom..., mas pisar a terra nos faz
estabalecer maior contato com o alma do ambiente. A experiência parece ser de mais intimidade. A mim, me parece ao menos!... Achei, por fim, um cantinho (dois cantinhos), em páginas distantes. Coincidiu que estão em branco, porque grampeei folhas qualquer na frente Fiz anotaçoes companheiras. É sempre uma data linda a de nossos anos. É a Vida nos dando provas de que ela venceu mais uma Batalha! Enfrentou o vento frio de mais um inverno, o calor, dos verões... Passou por cima dos resfriados que não se agravaram, da volta das festas em que se chega em paz. A Vida venceu... É isso que me vem dizer a data de agora. Adoro completar idade nova, portanto! Há sempre um frescor novo a trespassar por dento do peito. Esperanças renovam-se... Sem querer, uma doçura nova Invade o coração e tudo ganha um sentido bom. No turismo dentro das palavras vividas no diário, pousei rapidamente os olhos numa foto em que estou com a família C. no Porção de Ipanema. Passaram-se exatos cinco anos. Nem parece... É isso que nos acontece quando nos tornamos amigos do Tempo, Habituamo-nos com sua presença passando pra lá e para cá e logo nem nos damos conta de que passamos também com ele, em sua companhia. E, no final, talvez, iremos fazer parte do próprio Tempo, adentrando sua existência, sua eternidade... É dia dos meus anos, e a frase de Reis me faz cia.
Bahia, 08.08.08.