segunda-feira, maio 31, 2010




Unwritten

I am unwritten, can't read my mind, i'm undefined
I'm just beginning, the pen's in my hand, ending
Unplanneded
Starring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun iluminate the words that you could not
Find


Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inhibitions
Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins
The rest is still unwritten

I break tradition, sometimes my tries,
are outside the lines
We've been conditioned to not make mistakes, but
I Can't live that way...
(Natasha Bedingfield).


P.S. Esta canção foi meu raio de sol hoje,
já que o dia está encoberto por nuvens
cinzas, eu o colori ouvindo o que, aos
meus ouvidos, soa como poesia...
Mi.

sábado, maio 29, 2010



Monogamia versus Evolução
...
Estava asssistindo a um daqueles programas na TV Escola sobre primatas e a forma como viviam em sociedade. Para cada macaco várias fêmeas. Sendo que a ciência afirma ser este uma artimanha da Mãe-Natureza, a fim de garantir a sobrevivência da espécie mantendo mais mulheres, reprodutoras em alto potencial.

Mas não apenas nossos ancestrais vivem em poligamia. Outros animais se comportam assim. O leão tb, se não me falha a memória.
Lembrei das sociedades árabes que, até em dias atuais, se relacionam desta forma. Há dias, vi as meninas do "Saia Justa" tb discutirem que, na África, as várias esposas são amigas umas das outras, já que cada nova mulher que chega ajuda nas tarefas domésticas e elas se revesam com determinados afazeres. As antigas passam a descansar mais.
A forma como vivem refletem os diversos níveis de atrasos: tecnológico, urbano, doméstico e, consequentemente, familiar também. As pobres mulheres até riram, espantadas, da nossa cultura monogâmica, em que apenas uma mulher assume sozinha as responsabilidades do lar (filhos, comida, arrumações). "É muita solidão" talvez tenham pensando elas.
...
Claro... ver essa tal reportagem me violentou muito. Faço parte de um meio social que pensa e age diferente. Aquelas lindas mulheres negras, de semblantes cansados, mereciam uma sociedade mais avançada. É isso mesmo... vendo as coisas sob este ângulo, o Brasil é bem avançado! (Graças a todos os possíveis deuses que tenham incendiado a imaginação alheia!).
...
Assistir a tal reportagem serviu pra eu refletir sobre nosso país e tb acerca da vida que vivo. Respiro fundo (suspiros de um doce alívio...) sou, afinal, uma mulher do século XXI: L.i.v.r.e.
As mulheres do meu tempo podem cobrar monogamia de seus homens. Nossa sociedade dispõe de muitos avanços tecnológicos e de vários conhecimentos. Podemos ler! Viajar, criar filhos sozinhas. Quando pequena, ainda peguei a época em que as mães solteiras eram mal vistas, as separadas também. Mas hoje não! Há mulheres guardando seus óvulos e educando seus filhotes, muitas vezes, sem ajuda de um macho (mas não acho que é preciso ser assim).
O fato é que nossa independência se expandiu demasiado e eu apenas observo isso com uma alegria profunda no coração. Sorrio por todas as mulheres que quiseram viver numa sociedade como a minha, mas que não puderam.
Se pudesse, eu as convidaria para reviverem todas em mim ("Todas as mulheres são Evas", diz Saramago) e sentirem em mim esta satisfação de ser livre. Claro! Sei o qto somos livres para fazer nossas escolhas e, ao mesmo tempo, todos escravos das consequências.
E quanto à monogamia que me instigou à escrita...
Acredito mesmo que seja um avanço imenso homens e mulheres ocidentais poderem cobrar isso um dos outros, já que sabemos o quanto a poligamia traz complicações. Isso não pode funcionar mesmo, senão entre bichos primItivos. Não somos primatas. Somos homens sábios (homo sapiens) afinal!
Acima disso, abro parenteses para a certeza de que monogamia nem sempre será possível. É ingenuidade achar que será sempre em qualquer situação. Há muitas prisões ainda em que vivem mergulhadas as pessoas. Uma delas são as correntes dos sentimentos. Portanto, há ainda um ranço de hábitos antigos corroeando as vidas, mas o que se há de fazer? Seja no século I ou no XXI, biologicamente somos mesmo todos pré-históricos, embora culturalmente tenhamos progredido em nossos hábitos. No undo, porém, somos ainda apenas homens e mulheres em busca de si, do Outro e de ambos (ou mais que ambos), e, por vezes, é exatamente nesta ordem.
Mi-sem querer julgar ninguém {para não ser julgada também).


A neve e as tempestades destroem as flores,
mas nada podem contra as sementes!
(Khalil Gibran)



***


Niterói, 29/05/2010

É sábado e, mais uma vez, me esbarro com o filme "Diários de uma paixão", no TNT. Novamente, me emociono. Muito. É um lindo filme. A direção, pra mim, é perfeita. É uma história de amor que encontra coerência na forma como é contada... A poesia se dilui com a fatalidade do mal de Alzheimer da protagonista. Justamente por isso o filme é tão bonito, porque conseguiu combinar realidades diferentes (boa e ruim/ fantasia e tristeza) na história de um casal. O que, de fato, é bastante comum. Lembro também da Elisa e sua querida vovozinha, com quem vi este filme no cinema há alguns anos. Saudades delas. Eternas saudades. Posto um poema do Walt Whitman, poeta que conheci através do filme.


A afeição ainda resolverá os
Problemas da Liberdade;
Aqueles que se amam
Se tornarão invencíveis.
(Walt Whitman).

quinta-feira, maio 27, 2010


Mentes Inquietas
(TDA = Transtorno de Défict de Atenção)

Desde sempre, venho aprendendo a conviver com minha "cabecinha de borboleta". Muitas vezes, me percebi muito distraída, caladinha, ou às vezes falando coisas sem pensar... Contraditória, não? Lembro-me de ficar arrasada vendo a avó da minha amiga internada com câncer. Fiquei tão triste que a Angela que teve de me consolar, pq eu disparei falando coisas tipo "Sem noção!", como "Ela tá mto mal". Gentee, isso não é coisa que se diga sobre a mãe de alguém internado com uma doença destas.
Contudo, foram exatamente as minhas discrepâncias que me levaram a auto-observação. Hoje percebo... Qtas vezes esqueci carteira de estudante, RG, em momentos importantes...  como a ida ao teatro, ao cinema ou a alguma prova de concurso. Na verdade, estou sempre no que se chama de "mundo da lua". Minha mente é tão inquieta e voa ligeira demais que, qdo dou por mim, refleti sobre milhares de coisas ao mesmo tempo. Sou atravessada por vozes (coração, razão, instintos).
Se faço uma pergunta a alguém, antes de obter a resposta já estou com outro questionamento na ponta da língua. Sempre foi difícil algo me chamar a atenção e prendê-la totalmente. Nas aulas, aprendi a psicografar o que diziam os professores, como meio de lutar contra minha iminente desatenção. Deu certo! Até escrevi dissertação de mestrado como fruto da minha fórmula de sobrevivência. Antes, após os dez primeiros min. de aula, já estava olhando pela janela e pensando no pássaro que voava, o que estaria fazendo o namorado, que roupa iria usar em tal festa etc. Na adolescência, então! Pura distração.
Mesmo hoje em dia, se estou dentro de paisagens que me encantam, sou acometida por uma série de poesias que me ajudam a descrever o que estou sentindo. Se não lembro de nem uma, formulo frases sem parar. Ah! e sempre, sempre lembro do meu amor (ele ligou exatamente antes de eu terminar esta frase {fofo!}). Aliás, pensar nele foi a atividade com a qual o meu espírito mais se ocupou na vida. Em relação a ele, sou bem menos TDA. Penso muito nele. É algo que me prende demasiado a atenção. Será obsessão? Psicose? Só Lacan, Jung e Freud juntos pra tentarem me explicar...
Mudando de assunto, porque não quero parecer piegas demais... Cafona! (Eca!)
Há algum tempo, descobri em mim esses traços que caracterizam o TDA. Um transtorno da modernidade, já que somos atravessados por uma porção de informações todas ao mesmo tempo, de modo que é complicado absorver tantas com a atenção fixa. Como me concentrar totalmente numa aula se o assunto não me instiga tanto assim? Há pessoas que aprendem bem, mesmo o que não gosta.
Enfim!... Identifiquei-me com vários itens da lista. Ainda bem que existem os graus de TDA; portanto achei-me sob um grau controlado. Mesmo assim, estou constantemente me equilibrando entre mundos paralelos (externo e interno), um pouco desorganizada (confesso), mas sempre muito quieta, calma (aparentemente, pq por dentro não paro. Salto de um a outro pensamento). Nunca fui agitada ou o que chamam de TDA+hiperatividade que até observo em algumas amigas, priminhos... Também não desenvolvi ainda nem um TOC, porém a distração... Talvez por isso, tenha parado com as tentativas de Viagens atrais. É preciso muita concentração, consciência atenta o dia inteiro...
O livro "Mentes inquietas", de Ana Beatriz Barbosa, tem ajudado a me compreender e até me observar mais. Passo o dia tentando identificar traços TDA's e, ainda bem, há itens na lista em que não me encaixo (menos mal). O interessante de me reconhecer com este transtorno é saber como lidar com isso. Reconheço melhoras! Até tenho me lembrado onde pus os prendedores de cabelo (constantemente espalhados por toda a parte) [risos]. E assim vou seguindo meu caminho: eu e minha bagagem cheia de observações sobre mim que me ajudam a olhar com mais complacência o mundo à minha volta. Afinal, é preciso ser paciente, pq eu mesma tenho cá meus defeitos, meus esquecimentos, minhas distrações... Aprendendo sobre mim, afinal, aprendo sobre os outros e como lidar com eles também.
That's all.
Mi.

segunda-feira, maio 24, 2010


Pés cansados
..
Fiz mais do que posso Vi mais do que agüento
E a areia dos meus olhos é a mesma
Que acolheu minhas pegadas
Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.

Eu lutei contra tudo
Eu fugi do que era seguro
Descobri que é possível viver só
Mas num mundo sem verdade.
Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.


Sem medo de te pertencer.
Voltam pra você.
Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.
Meus pés cansados de lutar
Meus pés cansados de fugir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.
Sandy.

domingo, maio 16, 2010


***

Existem olhos
que (nos) abrigam (de)
temporais.

Filipe Couto.

quarta-feira, maio 12, 2010


 À luz de velas
...
Anjos ao redor de nós
Velam, doces sentinelas, o nosso amor.
Tudo o mais que fora escuro sai da opacidade, destaca-se à meia luz,
porque, quando tu chegas, ilumina tudo! E todas as estrelas riscam o céu
Caem, como gotas de luz, sobre o chão do nosso quarto...
Atraídas pela doce gravidade: você.
Michelle*