segunda-feira, outubro 28, 2013

Without

{...} É que sem amor um leque de fragilidades
se antecipam a nós, de modo que não há nada senão fissuras, 
fragmentos, corrosão.
O que poderia ser pangeia, torna-se continentes à deriva de si.

Amor é inteireza, é mão entrelaçada, é sol e chuva.
Um mundo de contradições equilibradas.

terça-feira, outubro 15, 2013


Épocas de adeus...

Não é do meu feitio fazer postagens baixo-astral. Se falo sobre esses Adeus, na verdade são mais uma homenagem, a minha forma de dizer um "Vou sentir sua falta neste mundo". Não há como essas ausências passarem despercebidas... No início do ano, perdi meu querido professor de graduação, o Cláudio. E tb a perda do meu avô ecoa mto forte ainda. Agora, foi minha avó paterna. Não a via desde que estive em Recife, em 2010. A falta de contato não diminui o carinho que sentimos por alguém. Muito menos, quando se há tão doces lembranças. Ela era aquela típica avó: velhinha, costureira que cozinhava bem e nos fazia perguntas sobre a vida pessoal, da qual ela pouco sabia. Dava-nos dinheirinhos escondido dos outros netos, querendo agradar os 2 netos distantes (Eu e O Dinho). Olhava-nos com um olhar "Pena que vcs têm de ir". 

Cresci com ela até os 6 aninhos, quando meus pais se separaram. Via-a sempre nas férias, mas o que mais me lembro dela é fazendo suquinhos de maracujá colhidos, na hora, no quintal pra me acalmar e distrair quando meus pais (jovens, tão jovens!) se desentendiam. Lembro-me sempre, ao atravessar as ruas, dela me ensinando, qdo pequena, em Boa Viagem, como se deve passar para o outro lado da calçada. Lembranças boas de alguém querido que passou pela terra, uma pessoa a quem pertence parte da minha genética no meu corpo, corpo que, hoje, perdeu um pouco mais da sua referência.

Deixo aqui a lembrança do último abraço apertado e meu suspiro de saudade pela minha voinha.
Mi* 

segunda-feira, outubro 14, 2013


You


Tem gente que, quando senta do nosso lado, nos dá a habilidade de ver o mundo mais bonito. Nos faz escutar uma música que já tínhamos ouvido tantas vezes parecer totalmente nova. Que nos faz ver mais estrelas no céu do que a gente já tinha enxergado antes. Que faz vento no rosto parecer carinho. Que faz abelha voando na flor parecer a mais graciosa dança. Que faz sol na pele parecer alegria que energiza corpo adentro. 



Tem gente que quando chega perto, o mundo se acende...e tudo fica tão mais claro, mais leve, mais gostoso de viver. Tem gente que a gente não sabe bem por que, mas quando tá juntinho de nós o riso fica solto, o coração fica sereno e feliz, a alma transparece, se entrega, e a gente se sente abraçado por Deus. 

É simples assim... tem gente que sem dizer nada, nos envolve em seu amor e aura de luz, e faz a gente lembrar de novo como é bom ser feliz...


Demonstre afeto ao seus afetos

“Mostre às pessoas que vc ama que, realmente, vc as ama...”, pensei muito nessa frase nos últimos esses dias que após a partida do meu avô. Aquele homem simples e bigodudo, cheio de disposição e cheirinho de oficina, que me ajudou muito e procurava me agradar como sabia e podia... que guardava (sempre!) chocolatinhos pra mim dentro do carro e não desistia de me entregar em mãos mesmo que já estivessem todos derretidos de espera. Saber que nunca mais vou vê-lo em reuniões de família, ou me esbarrar com ele pelas ruas do bairro, me fez concluir que há mesmo clichês cheios de sabedoria: “Mostre às pessoas que vc ama que, realmente, vc as ama... Antes que isso seja tarde demais”. Por que tenho tanta dificuldade em mostrar a isso a algumas pessoas?
Eu estava sempre com pressa, lhe sapecando um beijo rápido no rosto e um abraço fugaz, mas o amava e nunca soube demonstrar bem isso. E hoje só queria dizer aos meus amigos que “Mostrem às pessoas que amam que, realmente, vc as amam...”. Ver um pai (o chamava assim), um avô... sumindo para sempre dentro de uma gaveta fria é ridículo e não faz o menor sentido, sobretudo qdo sabemos que poderíamos ter feito de certos momentos mais eternos do que são. E onde ele estiver, quero devolver sua célebre frase aos filhos e netos: “Pai te ama, filha minha!”, enquanto passava a mãozinha em nossos rostos, o meu singelo “Também o ama, pai” (E sempre vai amar. [É o que importa]).
Mi*