terça-feira, outubro 15, 2013


Épocas de adeus...

Não é do meu feitio fazer postagens baixo-astral. Se falo sobre esses Adeus, na verdade são mais uma homenagem, a minha forma de dizer um "Vou sentir sua falta neste mundo". Não há como essas ausências passarem despercebidas... No início do ano, perdi meu querido professor de graduação, o Cláudio. E tb a perda do meu avô ecoa mto forte ainda. Agora, foi minha avó paterna. Não a via desde que estive em Recife, em 2010. A falta de contato não diminui o carinho que sentimos por alguém. Muito menos, quando se há tão doces lembranças. Ela era aquela típica avó: velhinha, costureira que cozinhava bem e nos fazia perguntas sobre a vida pessoal, da qual ela pouco sabia. Dava-nos dinheirinhos escondido dos outros netos, querendo agradar os 2 netos distantes (Eu e O Dinho). Olhava-nos com um olhar "Pena que vcs têm de ir". 

Cresci com ela até os 6 aninhos, quando meus pais se separaram. Via-a sempre nas férias, mas o que mais me lembro dela é fazendo suquinhos de maracujá colhidos, na hora, no quintal pra me acalmar e distrair quando meus pais (jovens, tão jovens!) se desentendiam. Lembro-me sempre, ao atravessar as ruas, dela me ensinando, qdo pequena, em Boa Viagem, como se deve passar para o outro lado da calçada. Lembranças boas de alguém querido que passou pela terra, uma pessoa a quem pertence parte da minha genética no meu corpo, corpo que, hoje, perdeu um pouco mais da sua referência.

Deixo aqui a lembrança do último abraço apertado e meu suspiro de saudade pela minha voinha.
Mi* 

Um comentário:

  1. Michelle,

    Esses momentos de dor e saudade nos ajudam a valorizar a vida e os relacionamentos. A vida é muito curta para desperdiçá-la com sentimentos negativos. Fica a saudade, a boa saudade que mantém a quem amamos vivos em nós. Meus sinceros sentimentos de luto compartilhado.

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