segunda-feira, outubro 14, 2013


You


Tem gente que, quando senta do nosso lado, nos dá a habilidade de ver o mundo mais bonito. Nos faz escutar uma música que já tínhamos ouvido tantas vezes parecer totalmente nova. Que nos faz ver mais estrelas no céu do que a gente já tinha enxergado antes. Que faz vento no rosto parecer carinho. Que faz abelha voando na flor parecer a mais graciosa dança. Que faz sol na pele parecer alegria que energiza corpo adentro. 



Tem gente que quando chega perto, o mundo se acende...e tudo fica tão mais claro, mais leve, mais gostoso de viver. Tem gente que a gente não sabe bem por que, mas quando tá juntinho de nós o riso fica solto, o coração fica sereno e feliz, a alma transparece, se entrega, e a gente se sente abraçado por Deus. 

É simples assim... tem gente que sem dizer nada, nos envolve em seu amor e aura de luz, e faz a gente lembrar de novo como é bom ser feliz...


Demonstre afeto ao seus afetos

“Mostre às pessoas que vc ama que, realmente, vc as ama...”, pensei muito nessa frase nos últimos esses dias que após a partida do meu avô. Aquele homem simples e bigodudo, cheio de disposição e cheirinho de oficina, que me ajudou muito e procurava me agradar como sabia e podia... que guardava (sempre!) chocolatinhos pra mim dentro do carro e não desistia de me entregar em mãos mesmo que já estivessem todos derretidos de espera. Saber que nunca mais vou vê-lo em reuniões de família, ou me esbarrar com ele pelas ruas do bairro, me fez concluir que há mesmo clichês cheios de sabedoria: “Mostre às pessoas que vc ama que, realmente, vc as ama... Antes que isso seja tarde demais”. Por que tenho tanta dificuldade em mostrar a isso a algumas pessoas?
Eu estava sempre com pressa, lhe sapecando um beijo rápido no rosto e um abraço fugaz, mas o amava e nunca soube demonstrar bem isso. E hoje só queria dizer aos meus amigos que “Mostrem às pessoas que amam que, realmente, vc as amam...”. Ver um pai (o chamava assim), um avô... sumindo para sempre dentro de uma gaveta fria é ridículo e não faz o menor sentido, sobretudo qdo sabemos que poderíamos ter feito de certos momentos mais eternos do que são. E onde ele estiver, quero devolver sua célebre frase aos filhos e netos: “Pai te ama, filha minha!”, enquanto passava a mãozinha em nossos rostos, o meu singelo “Também o ama, pai” (E sempre vai amar. [É o que importa]).
Mi*

Um comentário:

  1. Michelle,

    Que bom ver que você voltou a postar no seu blog, mesmo que compartilhando sentimentos que misturam tristeza e boas lembranças.

    Um grande abraço.

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