quarta-feira, junho 19, 2013



A voz do Brasil acorda após um silêncio profundo

Que bom ver pelas janelas da TV e internet os protestos dos brasileiros. Ver as ruas por onde andei, onde eram caminho das faculdades cariocas onde estudei e me tornei alguém melhor, cheias de pessoas gritando suas insatisfações abafadas desde a ditadura militar. De Niterói e do Rio, pessoas queridas que amo me ligam pra dizerem sobre o céu pontilhado de helicópteros sobrevoando a ponte, aquela mesma que via da janela do meu quarto, por onde caía o sol no final da tarde. Amo aquela vista, amo o Rio, amo Niterói. 
Graças a Deus, o foco não são os jogos! Fala-se muuito nesse novo tema. Um novo assunto renasceu para as conversas e motivações dos brasileiros. E que assunto! É de arromba esse! Pensei que fosse morrer um dia sem ver os brasileiros manifestarem sua insatisfação, seu descontentamento contra os altos níveis de corrupção, serviços precários de saúde e educação além desse alto custo de vida e de impostos juntamente com escrota desigualdade social, dos salários exorbitantes de jogadores e de deputados, abusos de poder. Ahhhhhhhhhhhhhhhhh!
Deixo registrado meu "grito" de insatisfação também. E amanhã! É dia dos feirenses irem às ruas tb. Eu? Co-la-da! :) Porque quero demais um padrão FIFA para as escolas e para os hospitais do meu povo.
Mi*

segunda-feira, junho 17, 2013


Pequenas coisas...

Era Dia dos Namorados, quando voltava do centro da minha cidade. A rua estava cheia, porque, além da data romântica, no nordeste, é época que antecede as compras para as festas juninas. No ônibus, sentei-me ao lado de um homem, com mais ou menos uns 35 anos; contudo, aparência de 40, cansado, mas sorridente. Feliz, perguntou-me alegre enquanto abria a sacolinha simples de plástico branco: "Acha que são bonitos esses presentes que comprei pra minha esposa?". Sorri um sorriso sem muito entusiasmo, porque estava cansada, mas foi um sorriso sincero de quem gosta do que observa. Achei bonito ele querer a opinião de alguém pra tentar agradar sua mulher. Respondi "sim", sobretudo, por ver muito afeto naqueles objetos singelos, baratinhos... Ele ainda acrescentou "Fiz ótimo negócio. Comprei td isso por 50 reais!".
Estava claro que aquela economia lhe faria diferença no final do mês e fiquei satisfeita por ver que ainda há pessoas que, mesmo com pouco dinheiro, querem agradar quem está ao seu lado. Bom seria se Dia dos Ados fosse todos os dias... E não precisaria ganhar muito, ter um salário exorbitante para mimar alguém, pois presente que faz feliz não tem nada a ver com preço, mas com o apreço que sentem por nós, é o quanto nos faz sentir importantes, queridos, especiais...
Mi*