quinta-feira, agosto 30, 2012

"Ando com uma vontade tão grande de receber
todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções.
Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado,
mensagem na madrugada, quero flores, quero doces,
quero música, vento, cheiros, quero parar de me
doar e começar a receber.”
  Caio Fernando Abreu.
 
 

“Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas
não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar,
que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que
dá uma sacudida em você,
caso você esteja delirando.”
Martha Medeiros.
 
 
Mulher não desiste, se cansa.
A gente tem essa coisa de ir até o fim,
esgotar todas as possibilidades,
pagar pra ver.
A gente paga mesmo.
Paga caro, com juros e até parcelado.
Mas não tem preço sair de cabeça erguida,
sem culpa, sem ‘E se’ ! A gente completa o percurso
e às vezes fica até andando em círculos,
mas quando a gente muda de caminho,
meu amigo, é fim de jogo pra você.
 



“Eu bem que gosto de ficar sozinha.
Já tive ótimos momentos comigo mesma
dentro de um trem, em frente ao mar,
lendo um livro.
Mas reconheço que os momentos sublimes,
aqueles eleitos como inesquecíveis,
aconteceram quando eu estava “avec”.
Reconhecer isso não faz eu desprezar a solidão,
mas me impede de adotá-la como
estilo de vida permanente.”
Martha Medeiros.
 
 
 
 

Respostas merecidas
 
Não quero mais guardar expectativas, não quero mais viver de esperas, desilusões, abandonos, não quero mais me importar, não quero mais acreditar tanto assim, não quero mais pensar que o amor que ofereço é o mesmo que voltará, não quero mais guardar promessas, guardar momentos que não voltarão...
Não quero mais fazer planos, pensar no que o amanhã me trará.
Quero guardar apenas o hoje, enfrentá-lo e ultrapassá-lo.
Guardar o melhor, e esperar sem pressa pelo amanhã.
Não vou mais me doar tanto, não vou mais deixar que tudo isso me doa tanto.
Quero ser diferente.
Não quero mais este papel, não quero ser mais eu quem espera.
Não quero ser mais quem dá tudo de si e recebe metades, não quero ser mais quem sempre entende, quem não se magoa.
Não quero ser mais a forte da história, porque veja bem, eu não sou.
Não vou exigir, não irei cobrar, não irei implorar, não irei pedir o que não possa me oferecer.
Mas chega uma hora que cansa.
Cansamos de amar, e compreendemos que também queremos ser amados, queremos ser desejados, queremos ser compreendidos, queremos ser cuidados.
Queremos ter o amor correspondido, a saudade correspondida.
Queremos deixar de andar atrás e compreendemos que desejamos andar do lado.
Queremos alguém que se importe, assim como nos importamos.
Decidi que quero muita paz daqui em diante.
Quero aceitar com graça e leveza as pequenas coisas que a vida trouxer.

Imelda Sitole.


sábado, agosto 25, 2012


Estou aqui não porque deva estar,
nem porque me sinto cativo nesta situação,
mas porque prefiro estar contigo a estar

em qualquer outro lugar no mundo.
Richard Bach.



É que às vezes podemos nos sentir obrigados à determinada situação. Ou impelidos, presos, sufocados, sem sabermos pq aguentamos, sem entender o motivo de estarmos ali em meio a desditas e dissabores... Mas contigo não! Fico ao seu lado por livre e espontânea escolha, pq me faz bem e tudo flui sempre num fluxo agradável. E porque prefiro sua companhia a qualquer outra no mundo, porque quando te abraço penso que não haveria outro lugar onde quisesse estar. Esse é meu jeito de ser... De amar: intensa.
by Mi.

segunda-feira, agosto 20, 2012





"Por mais que eu fizesse...
ficaria bem pago de tudo 
Se me olhasses assim outra vez!"


Os Maias- Eça de Queirós.
Sobre o excerto

Há momentos que nos lançam a lembranças de livros, filmes, músicas. Quando nos damos conta, lá estamos pairando sobre imagens literárias guardadas na memória. Alguém soube manifestar nossos sentimos como premonição? Não... é como compartilhar das mesmas emoções... Usamos tais palavras de livros como companheiras que dizem por nós o que pouco, às vezes, conseguimos expressar...
Hoje lembrei dessa fala de Carlos da Maia à Maria Eduarda, de "Os Maias". Senti uma sensação tão boa e meus pensamentos acharam neste excerto uma cumplicidade quase pueril. Havia tanta ternura naquele jeito de olhar, delicadeza... Não... não faço muito. Queria poder fazer mais por você. Mas lembrar desse olhar de "Obrigado" em silêncio só me fez ver que não há nada de que goste mais do que mimar-te. Quando posso... quando me é possível. E é isso... "Por mais que eu fizesse, ficaria bem paga de tudo se me olhasses assim outra vez".


by Mi.





Ti fofula...

terça-feira, agosto 14, 2012


Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a Humanidade.

E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.
Ei-los que vão já longe como que na diligência
E eu sem querer sinto pena
Como uma dor no corpo.
Quem sabe quem os terá?
Quem sabe a que mãos irão?
Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.
Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.
Ide, ide de mim!
Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.

Passo e fico, como o Universo.
Caeiro - Fernando Pessoa.