domingo, abril 22, 2012


Ciranda do tempo

Engraçado como me sinto limitada no tocante à compreensão do Tempo. A todo instante, somos atravessados por passado, presente e futuro, vendo fundindas todas essas marcas numa só pessoa, em cada pessoa (grão de areia, poeira cósmica como diria uma professora antiga). E mesmo tão pequenos assim ("bicho da Terra tão pequeno", diria Camões) conseguimos ser inquilinos do Tempo e trazê-lo em nós concomitantemente? Compreendendo-o tão pouco, ou quase nada. Convivendo apenas como um grande aliado em certos momentos, inimigo tão passageiro em outros. Seguimos assim... procurando não pensar em algumas marcas desse mesmo Tempo, as quais chamamos de Lembranças, por que doem? Porque queríamos empurrá-las dentro de um porão escuro a ponta pés e, às vezes, não conseguimos... Memórias parecem ter bilhete de passe livre sempre à mão, transitam inocentes-culpadas por nossos momentos, trazendo passado, gastando o presente, com os pés já no futuro.
Mi.




Não existe essa idéia de “fulano é mal amado”
Ninguém é amado de uma maneira negativa
Se é, definitivamente, não é amor.

Fernanda Gaona.



Gaste Amor!

"A vida foi feita pra se gastar"... Ouvi essa frase e já nem sei onde...
Tanto que viajo de blogue em blogue, nestes tapetes voadores de palavras aladas que saem de corações desconhecidos, mas inspiradores.
Li a frase, lembrei de outras, pensei sobre e já nascem outras rimas a partir de uma só frase. E assim nos compomos com fragmentos de referências. Às vezes, boas, noutras nem tanto..., mas se a vida é feita, então, para se gastar e o amor, portanto, para ser vivenciado em cada grão momento, posto nas mais pequeninas coisas do dia a dia, por que não experimentar outra maneira de viver o amor, como nos afazeres do cotidiano? pondo-nos inteiros em cada coisa? Afinal, há diversas formas de Amor, enquanto sofremos querendo viver apenas uma...
Linda semana cheia de amor.
Mi.

Por Fernando Pessoa

Para ser grande, sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha,
Porque alta vive.

quarta-feira, abril 18, 2012






Depois
(Quero que você seja feliz...)

Depois de sonhar tantos anos,
De fazer tantos planos
De um futuro pra nós
Depois de tantos desenganos,
Nós nos abandonamos como tantos casais
Quero que você seja feliz
Hei de ser feliz também


Depois de varar madrugada
Esperando por nada
De arrastar-me no chão
Em vão
Tu viraste-me as costas
Não me deu as respostas
Que eu preciso escutar
Quero que você seja melhor
Hei de ser melhor também


Nós dois
Já tivemos momentos
Mas passou nosso tempo
Não podemos negar
Foi bom
Nós fizemos histórias
Pra ficar na memória
E nos acompanhar
 

Quero que você viva sem mim
Eu vou conseguir também

Depois...
De aceitarmos os fatos Vou trocar seus retratos pelos de um outro alguém
 

Meu bem,
Vamos ter liberdade
Para amar à vontade
Sem trair mais ninguém
Quero que você seja feliz
Hei de ser feliz também
Depois.

Composição: Arnaldo Antunes / Carlinhos Brown / Marisa Monte

Essa imagem toca no fuuundo do coração...
Ofereço a Deus que tanto me tem ajudado nos momentos complicados...

terça-feira, abril 17, 2012


A cada dia que vivo, mais me convenço
de que o desperdício da vida está no amor
que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que,
esquivando-se do sofrimento,
faz perder também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
(Carlos Drumond de Andrade) 

                                                                                   



A miracule

Times are hard
When the things have got no meaning
I've found a key upon the floor
Maybe you and I will not believe
In the things we find behind the door
So what's the matter with you?
Sing me something new...don't you know
The cold and wind and rain don't know
They only seem to come and go away
Stand By Me - Nobody knows the way it's gonna be...
Oasis - banda britânica.

 

domingo, abril 15, 2012




TÃO COMUM

Se você me perguntar
O que é que eu tô fazendo
Eu digo que não sei
Se você me perguntar
O que eu quero do futuro
Eu digo que não sei


Só sei que eu espero que a vida
Me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar
Minha trilha fora do tom

Tão comum
Se arriscar sem saber 100% se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo "querer"
Tão comum
Errar, errar, errar de novo...


Se a consciência me chamar
Disser que eu não posso
Eu digo que não sei
Assumo os meus desejos
Tento saciar a sede
Daquilo que nem sei

Só sei que eu espero que a vida
Me mande algo bom

Tantas perguntas a responder
O que é certo, o que é bom
E o que é real
Antes de dar resposta
É preciso aprender a perguntar


Tão comum
Se arriscar sem saber 100% se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo "querer"
Tão comum
Errar, errar e errar de novo...


Composição: Sandy Leah / Junior Lima / Lucas Lima.





Duras pedras

No sim, existe um não
No céu, existe um chão
Vencer também traz perdas
Aceito os meios
Pra alcançar o fim
Piso as duras pedras pra entrar no mar
Mas a calma da água ao beijar a minha sede
Pela paz me eleva
...



 
Peguei essas palavras emprestradas

 
"Noite vai
Então o que sobrou?
Do olhar seguro e das promessas que eu ouvi...
De amar, de ser um só, de nunca desistir?

Não me escondo do medo de não me reerguer
Do silêncio de uma vida sem você
De tudo o que faltou ser
Não me escondo do medo de não me reerguer
Do silêncio de uma vida sem você
De tudo o que faltou ser...".

Sandy.

sábado, abril 14, 2012


BEIJA EU

Seja eu!
Seja eu!
Deixa que eu seja eu
E aceita
O que seja seu
Então deita e aceita eu...
Molha eu!
Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu...
Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser...
Então beba e receba
Meu corpo no seu
Corpo eu, no meu corpo
Deixa!
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça...
Seja eu!
Seja eu!
Deixa que eu seja eu
E aceita
O que seja seu
Então deita e aceita eu...
Molha eu!
Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu...

Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser...
Então beba e receba
Meu corpo no seu
Corpo eu, no meu corpo
Deixa!
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça...
Marisa Monte na voz de Sandy Leah: perfeito!
 



Cheirosas como as rosas
(Foto: fim de festa)

Siiiim, a festa ontem foi muuuito legal. Ri muito com o pessoal da academia que estava em peso na festa, as danças do povo... Nossa. Hilário. Mas é isso mesmo... temos que dançar como se ninguém estivesse vendo, como diria o dito inglês. Viva a alegria, e nada de medo de paracer bobos.
Pena minhas duas bonequinhas queridas não terem podido ir. Mas aproveitei a companhia dessa morena liinda (Toda loura tem suas morenas) que é outra queridíssima do meu coração. Alternamos aparelhos durante muitas tardes. E nesses momentos fugidios, sabemos tanto uma sobre a outra. O mundo feminino tem dessas coisas... Fui à casa dela esperar nossa carona, pertinho, na Andaraí, fiz o olho dela e fofocamos muuito. Deu pra distrair à beça. E, agora, vou dormir, pq tou morta de sono! Mas antes... ouvindo Sandy cantar Oasis! (demais de lindo).
Sim, e a quem pensava que eu iria morrer... estou indo bem até agora "So far so good!". Porque eu simplesmente entreguei nas mãos de Deus tuuudo aquilo que me machuca. Tem dado certo ;)
Mi-em paz.

Por enquanto

Mudaram as estações, nada mudou.
Mas sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim... tão diferente.
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba?

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você

E aí, então, estamos bem
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz Estamos indo de volta pra casa

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa.

Cássia Eller.

sexta-feira, abril 13, 2012


O banal...

Hoje vim falar sobre o banal, sobre aqueles momentos do dia a dia que não dão IBOPE, mas que são os fatos mais presentes nas nossas vidas e poucos lhe dão importância... Quero pensar e agir diferente. Dar mais atenção àquele "Oi" caloroso que recebo das minhas amigas na academia, ou quando as revejo na rua... Quando deixo cair algo no chão (tooda atrapalhada [as always!]) e um aluno vem correndo ajudar. Quando chego a casa cansada e minha mãe (tão boazinha, tão boazinha) já deixa pronta a mesa para nosso jantar, tudo a postos como nos contos de fadas... Esses tipos de momentos não repercurtem muito. Autores, como Manuel Carlos, afirmam: "Felicidade não dá IBOPE". E tome desgraça nas novelas, filmes e jornais.



Não tão banal assim... hj é dia da formatura de uma amiga professora de educação física. A festa, em si, claro, passa rápido, mas a "banalidade" que é se arrumar, pensar juntamente com as amigas e cunhadas a roupa adequada, a maquiagem sobre a qual fiquei horas pesquisando no youtube com minha prima Mille, os risos, as discussões bobas (como é bom falar bobagens de mulher), tudo isso, enfim, são considerados futilidades, mas que, em minha opinião, estão loonge de o ser. São, afinal, o recheio bom, o envólucro, o enfeite, o laço, a rima nas nossas vidas...
Por que, enquanto coisas grandes não vêm, são elas pequeninas assim que nos dão a grande honra de suas doces companhias.
Portanto, desejo uma linda noite à amiga Elisângela e às minhas outras gurias que, ainda bem, conseguirão ir.
E, quanto a mim... vou me entregar ao doce deleite de me sentir beem feminina. Maquiar-me, fazer um olho pretão (amo!), me colocar dentro daquele vestidinho de seda rodado, igualmente pretão ao olho e ao sapato agulha, tudo contornado por uma das minhas inebriantes fragrâncias advindas das terras de Edith Piaf (pedacinhos que tenho da França).
E tudo somente porque nada de ruim que possa ter acontecido na minha vida, porque nada de tão maluco que fiz e hoje até me arrependa, conseguiu, portanto, me tirar o enorme prazer que sinto em ser assim... mulher. E, na medida certa, muito (mas muuito) perfumadinha.
That's all!
by Mi.



Eu quero mais:
Mais paz.
Mais saúde.
Mais poesia.
Mais verdade.
Mais noites bem dormidas.
Mais noites em claro.
Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca.
Caio Fernando Abreu.

domingo, abril 08, 2012


Domingo de Páscoa

Tenho dito, escrito e, sobretudo, sentido que meu cetisismo tem chegado ao fim de si. Postar uma imagem cristã como essa num blog de uma cria de Saramago... realmente... é sinal de que minha formação religiosa está se reconstituindo, após anos de ateísmo, descrença quase total no criastianismo. Na verdade, era mais revolta com a administração precária do mundo. Com tanta gente passando necessidade, violência, tanta miséria (intelectual tb) e desigualdade de toda sorte...
Sem entender nem aceitar, preferi, por anos, não acreditar em Deus, para não cobrar as contas de perguntas que, simplesmente, não tinha respostas.
Meu ceticismo veio daí... da revolta, do meu marxicismo, por que  e pra quê tanta ambiguidade?
Perguntas sem respostas à parte...
Minhas crenças em Deus têm se renovado, mas com alterações, claro. Afinal, como diz o ditado "Cada vez que um homem entra no rio, nem o homem nem o rio são mais os mesmos". Ou seja... não sou mais a mesma depois de ter lido tudo o que li na minha vida.
Mas olho pra essa espiritualidade de uma forma mais abrangente... Gosto de esoterismo, das simbologias, muitas vezes, psíquicas dos mitos pagãos (paganismo apenas quer dizer "homem do campo", ou aquele que estuda sobre outras crenças e práticas religiosas que não é a cristã). Adoro mitologia grega, lendas celtas, tarô, runas... (Ganhei de presente de amigas no Rio). Mas, agora, cedo um espaço enorme pra Jesus...
É época de renovação, de começar (de novo) tudo de novo...
Hasta pronto!
Mi*



No meu imaginário é possível tocar o impalpável. A mente existe pra ser usada, pra alcançar aquilo que a realidade não consegue atingir. Se a rotina me prende, a imaginação me liberta. Não consigo viver apenas do óbvio. É a busca por algo novo que me movimenta. Que me transporta. Que me transforma. Que me inspira.

Tocar o improvável me faz menos previsível!
Fernanda Gaona

sábado, abril 07, 2012




Suas atitudes falam tão alto que
eu não consigo ouvir o que você diz...
 Prepare um belo discurso. Gaste suas melhores palavras. Utilize todos os seus argumentos. Eu não consigo ouvir o que você diz. Mais do que na força das palavras, eu acredito no poder das atitudes. Na grandeza dos gestos. Nas sutilezas das ações. Guarde seus dizeres para utilizá-los depois que fizer. Eles serão apenas um complemento.Haja o que houver, aja. Palavras quando não andam sincronizadas com nossos pés, não chegam a lugar algum. Não dizem absolutamente nada. É na coerência das ações que a gente se encontra e o outro nos reconhece. Ninguém pode viver preso em um discurso.
Ou seja,
Seja!
(Esqueciii o nome da autora... :()

***

Seres fragmentados?

Quantos somos dentro de nós?
Cada pessoa é habitada por diversas personalidades,
e aí talvez esteja a origem da nossa angústia existencial.
Todos exigem de nós uma classificação, um currículo de
qualidades e defeitos que possam ser descritos em poucas linhas.
No entanto,  a contradição é nossa única marca registrada.
...

sexta-feira, abril 06, 2012


Feliz Páscoa!
Desejo a todos os meus amigos e minhas amigas leitores do blog uma Feliz Páscoa. Acho que, nesta altura do ano, sim, deveríamos nos desejar Feliz Ano Novo, já que época de lembrar a ressurreição e renovações (olha eu falando em Jesus! Mudançass boas rs). Acho que... finalmente tenho feito as pazes com Deus. Também... tanta gente pedindo por mim. Meus avós, minhas tias, meu tio pastor. Minha mãe (Nossa! Nem se fala...), essa acorda às 4h da manhã
para fazer suas preces por mim.
Enfim, enfim. Anyway, anyway! rss
Até prometi uma visitinha à igreja do meu irmão nesta Páscoa. Estou mesmo precisando bater um papinho com Deus, pq há muuuito ando em silêncio.
Desejo mesmo renovação a todos, mesa farta com pratos prediletos e muuito chocolate, nem que seja brigadeiro de panela. Tem outro melhor melhor? Nem as línguas de gato da Compenhagen!
Mi*


Dia de princesa
Ontem minha manhã foi uma ternura só! Meu irmão Diego e a fofa da Fabi (cunhada de quem gosto muuito) foram comigo fazer o ensaio sensual com um dos melhores fotógrafos de Feira. Há anos, acompanho os trabalhos de 2 fotógrafos daqui e se tornaram amigos queridos, (via Face apenas. Somos reservados e mantemos as distâncias, claro!). Super profissional o Diogo. Usei meu sari de seda indiano e as fotos que pensei que não teriam nd a ver comigo (Não me acho mto sensual) ficaram uma coisaaa! Sem photoshop ainda, já as adorei!
Mass... foram méritos do fotógrafo paciente, que me mostrou as expressões que mais me caem bem. No final, às 14h, nós sem almoçar... ainda batemos muito papo e ganhei um novo doce amigo. Ah... e o pq das fotos? Nada... eu estava estressada e só quis me fazer feliz. Recomendações silenciosas da minha amiga Liu q sempre qdo se estressa faz um book novo. Afinal, que mulher não adora fotos? Ah... e antes de chegar em casa, fui surpreendida com um ovo da Páscoa da Companhagen (a-d-o-r-o!). Morrii com essa.
Thats all!
Mi.

Vi essa mensagem no face daquela minha amiga argentina que conheci tempos atrás. Copiei, pq valia a pena..


Às vezes

Às vezes, a gente finge que não vê.
A gente dá uma volta entre as palavras,
para em algumas, permeia-as, faz zigzag, sussurra pelas
entrelinhas e se tranca, comedido, dentro de negativas nebulosas.
Às vezes, a gente tenta ou inventa outro poema,
pronuncia outras letras, combina outras sílabas.
Viaja, divaga, conjectura em outro caminho.
Errantes, andarilhos.
Por vezes, a gente até se detém... adestra sentimentos,
A gente faz força para não chorar, não gritar de ódio.
É que nos ensinaram a controlar os institos, mesmo quando
queríamos ser um pouco mais irracionais.
A gente chora em silêncio.
Cobra, num olhar vago pro infinito, as juras de amor que se calaram
e que se perderam, como as folhas ressequidas no final do inverno.
Às vezes a gente inventa uma alegria que não sente...
Ri um riso superficial enquanto o olhar faz força para se
harmonizar.
Às vezes, a gente apenas segue em frente...
Mi*

********


"Pertencia àquela espécie de gente que mergulha
nas coisas às vezes sem saber por que,
não sei se na esperança de decifrá-las ou se
apenas pelo prazer de mergulhar.
Essas são as escolhidas — as que vão ao fundo,
 ainda que fiquem por lá."
Caio Fernando Abreu.
***
Músicas do meu Dinho

A noite está linda... Como sempre, fiquei em casa no computador. Meus irmãos almoçaram aqui com as esposas  e, antes do Di sair para tocar na igreja, preparou tuudo pra eu ouvir o CD que fez. Às vezes, sou distante com meus irmãos... Fico presa nessa bolha da internet... Silenciosamente, ele ajeitou tudinho. Os cabos do cel. pra eu ouvir: "Pronto! Irmã, agora não tem desculpas para você não escutar meu CD". Tadinho... fiquei com pena dele... Há semenas ele me pede pra ouvir. Acho que confia nas minhas críticas, sobretudo devido aos anos que frequentei os shows do RN.
Mas enfim... tá liiindo! Eu me arrepiei várias vezes ouvindo. Levantei os olhos emocionado, qdo perdia o fôlego com as letras de amor e de fé. No final, me senti uma irmã coruja, orgulhosa e com invejinha boa dele "Por que não vim altona como ele nem com dotes musicaiss???????". Vai saber... genética é fogo!
Mi*


Tédio mortal!

Hoje tou tão entediada que já li até bula de remédio. Borboletei os blogs das minhas novas seguidoras. Eu deveria permitir comentários, mas tenho receio... quem quiser mesmo, sempre me escreve um e-mail. Ou apenas me segue. Já sei que ali tenho um leitor (a). O certo é que... hoje lendo o blog lindíssimo de uma guria jornalista que me segue (e, agora, eu a ela, claro!), me deparei com um texto da maravilhosa Martha Medeiros (até no Chile ouvi falar dessa mulher), sobre aquele filme Closer, que vi anos atrás com minha amiga Gabriela em SSA.
Queria muuito ter escrito esse texto. É por narrativas assim q me recolho à minha insignificância enquanto escritora. Tenho muito ainda que ler, pra chegar a um nível assim...
Sem mais.


Interrompendo as Buscas
(Martha Medeiros)
ASSISTINDO AO ÓTIMO "CLOSER - Perto demais", me veio à lembrança um poema chamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz: "Nenhuma pessoa é lugar de repouso". Volta e meia este verso me persegue, e ele caiu como uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em que quatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se davam por satisfeitas, seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é. Não há interação com outros personagens ou com as questões banais da vida. É uma egotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que é irônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisam estar sempre em movimento. Eles certamente assinariam embaixo: nenhuma pessoa é lugar de repouso.
Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco. Uma mirada microscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amplo leque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foi feito pra durar. Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta. Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes. Deveria parecer o paraíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca.

Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossas perdas e já não temos tantas ilusões. Sabemos que não iremos encontrar uma pessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossas expectativas sexuais, afetivas e intelectuais. Os que não se conformam com isso adotam o rodízio e aproveitam a vida. Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto de abrir mão do que lhe restou de inocência. Ainda dói trocar o romantismo pelo ceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada. Mesmo a vida lá fora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo "leve dois, pague um", também nos parece tentadora a idéia de contrariar o verso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos faça interromper as buscas.

Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade. Já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso?

Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber, pode ser amor.

P.S. Essa cronista ar-ra-saaaaa! Queria muuito ter escrito este texto.
Mi*

domingo, abril 01, 2012



Cartas para Julieta

O domingo está lindo... meio nubladinho. Não importa. O calor está ameno e não há choros no céu. Acordei cheia de fome e me atirei ao sofá para ver algo na TV. Só minha mãe mesmo pra me trazer manga cortadinha em cubinhos enquanto, hipnotizada, via o filme. Ah, sim, minha amiga querida Elisa me trazia melancia (Tantas saudades dela q dóem no coração). 
Mass, como ia dizendo... Não vejo Friends há um tempão (Ô vício secular!). Filmes, então... Nossa... Não vou ao cinema desde.... sei lá qdo.

Anyway... Esbarrei-me com "Cartas para Julieta", no Premium. Começando mesmo. Com direito a ver crédito aos atores (Adoro o Gael Garcia e a lindíssima loirinha Amanda Seyfried que fez "Mama Mia!" com o mesmo nome Sophie). Já tinha visto, claro, o filme no meu note mesmo. Mas adoro rever filmes que gostei, reler livros... Vi-o inteirinho, sem me preocupar com trabalho por fazer, com barulho da cozinha enquanto minha mãe cozinhava e meus irmãos ligavam, avisando que vêm para o almoço de domingo. Esqueci-me de mim vendo as imagens da Itália (AMO VIAJAR). Aquelas ruas antigas de Siena e Roma... os vinhedos (Acho que tou começando a gostar mesmo de alguma bebida: vinho [bom!]). O sol amenizado pela localização geográfica acima dos Trópicos.

Então... o que gosto mais nesse filminho? Os temas: viagem pela europa e uma jovem escritora sedenta por escrever. E é isso... vê-la me fez entender que, se eu não escrever, adoeço. Foi assim desde pequena. É assim hoje. Sendo que não quero mais só escrever trabalhos acadêmicos sobre livros que li para apresentações em congressos. Sim, isso é legal. A gente rever os colegas apresentando. Os professores também e congresso, claro, são pretextos para viajar, passear. É que... quero mais. Quero escrever outras coisas. Lirismo, metáforas permeando narrativas. Reaver os projetos do dois livros que ficaram, protótipos, rascunhos, guardados num arquivo, enquanto minha veia lírica estancou...


Masss é isso... o filminho é bem breguinha, mas daqueles que nos reconpensam em outros aspectos (vistas lindas das paisagens!).
E me ver diante da personagem baixinha loirinha do Dear John foi como se minha inspiração acenasse ao longe e dissesse: "Êi, acorda... escreve algo de bom! Sua vida tá passando". A mesma sensação que tenho qdo vejo a Carrey de Sex and the city e outros perfis de escritoras que ousaram. Simplesmente, escreveram. E eu sei, decerto, tenho algo de legal a dizer sobre o meu tempo (o nosso tempo atual). Fotografar em palavras, como os pintores o faz à sua maneira deixando mensagens futuras sobre o tempo em que viveram sobre a terra...
Thats all for today.
Mi.
P.S. Musiquinha da Colbie Caillat, trilha sonora do filme.

You got me

You're stuck on me and my laughing eyes
I can't pretend though I try to hide - I like you
I like you.
I think I felt my heart skip a beat
I'm standing here and I can hardly breathe - you got me
The way you take my hand is just so sweet
And that crooked smile of yours it knocks me off my feet
Oh, I just can't get enough
How much do I need to fill me up.
It feels so good it must be love
It's everything that I've been dreaming of.
I give up. I give in. I let go. Lets begin.
Cuz no matter what I do,
Oh (oh) my heart is filled with you.

I can't imagine what it'd be like
Livin each day in this life - without you.
Without you.
One look from you I know you understand
This mess we're in you know is just so out of hand.
Oh, I just cant get enough
How much do I need to fill me up
It feels so good it must be love
Its everything that I've been dreaming of.
I give up. I give in. I let go. Lets begin.
Cuz no matter what I do,
Oh (oh) my heart is filled with you.

I know we'll always feel this way (I know we will)
And in my heart I know you'll always stay
Oh, I just cant get enough
How much do I need to fill me up
It feels so good it must be love
I give up. I give in. I let go. Lets begin.
Cuz no matter what I do,
Oh, I just cant get enough
How much do I need to fill me up
It feels so good it must be love
(Its everything that I've been dreaming of.)
I give up. I give in. I let go. Lets begin.
Cuz no matter what I do,
Oh (oh) my heart is filled with you.
Oh (oh)
You got me. You got me.
 
***