sexta-feira, abril 06, 2012


Feliz Páscoa!
Desejo a todos os meus amigos e minhas amigas leitores do blog uma Feliz Páscoa. Acho que, nesta altura do ano, sim, deveríamos nos desejar Feliz Ano Novo, já que época de lembrar a ressurreição e renovações (olha eu falando em Jesus! Mudançass boas rs). Acho que... finalmente tenho feito as pazes com Deus. Também... tanta gente pedindo por mim. Meus avós, minhas tias, meu tio pastor. Minha mãe (Nossa! Nem se fala...), essa acorda às 4h da manhã
para fazer suas preces por mim.
Enfim, enfim. Anyway, anyway! rss
Até prometi uma visitinha à igreja do meu irmão nesta Páscoa. Estou mesmo precisando bater um papinho com Deus, pq há muuuito ando em silêncio.
Desejo mesmo renovação a todos, mesa farta com pratos prediletos e muuito chocolate, nem que seja brigadeiro de panela. Tem outro melhor melhor? Nem as línguas de gato da Compenhagen!
Mi*


Dia de princesa
Ontem minha manhã foi uma ternura só! Meu irmão Diego e a fofa da Fabi (cunhada de quem gosto muuito) foram comigo fazer o ensaio sensual com um dos melhores fotógrafos de Feira. Há anos, acompanho os trabalhos de 2 fotógrafos daqui e se tornaram amigos queridos, (via Face apenas. Somos reservados e mantemos as distâncias, claro!). Super profissional o Diogo. Usei meu sari de seda indiano e as fotos que pensei que não teriam nd a ver comigo (Não me acho mto sensual) ficaram uma coisaaa! Sem photoshop ainda, já as adorei!
Mass... foram méritos do fotógrafo paciente, que me mostrou as expressões que mais me caem bem. No final, às 14h, nós sem almoçar... ainda batemos muito papo e ganhei um novo doce amigo. Ah... e o pq das fotos? Nada... eu estava estressada e só quis me fazer feliz. Recomendações silenciosas da minha amiga Liu q sempre qdo se estressa faz um book novo. Afinal, que mulher não adora fotos? Ah... e antes de chegar em casa, fui surpreendida com um ovo da Páscoa da Companhagen (a-d-o-r-o!). Morrii com essa.
Thats all!
Mi.

Vi essa mensagem no face daquela minha amiga argentina que conheci tempos atrás. Copiei, pq valia a pena..


Às vezes

Às vezes, a gente finge que não vê.
A gente dá uma volta entre as palavras,
para em algumas, permeia-as, faz zigzag, sussurra pelas
entrelinhas e se tranca, comedido, dentro de negativas nebulosas.
Às vezes, a gente tenta ou inventa outro poema,
pronuncia outras letras, combina outras sílabas.
Viaja, divaga, conjectura em outro caminho.
Errantes, andarilhos.
Por vezes, a gente até se detém... adestra sentimentos,
A gente faz força para não chorar, não gritar de ódio.
É que nos ensinaram a controlar os institos, mesmo quando
queríamos ser um pouco mais irracionais.
A gente chora em silêncio.
Cobra, num olhar vago pro infinito, as juras de amor que se calaram
e que se perderam, como as folhas ressequidas no final do inverno.
Às vezes a gente inventa uma alegria que não sente...
Ri um riso superficial enquanto o olhar faz força para se
harmonizar.
Às vezes, a gente apenas segue em frente...
Mi*

********


"Pertencia àquela espécie de gente que mergulha
nas coisas às vezes sem saber por que,
não sei se na esperança de decifrá-las ou se
apenas pelo prazer de mergulhar.
Essas são as escolhidas — as que vão ao fundo,
 ainda que fiquem por lá."
Caio Fernando Abreu.
***
Músicas do meu Dinho

A noite está linda... Como sempre, fiquei em casa no computador. Meus irmãos almoçaram aqui com as esposas  e, antes do Di sair para tocar na igreja, preparou tuudo pra eu ouvir o CD que fez. Às vezes, sou distante com meus irmãos... Fico presa nessa bolha da internet... Silenciosamente, ele ajeitou tudinho. Os cabos do cel. pra eu ouvir: "Pronto! Irmã, agora não tem desculpas para você não escutar meu CD". Tadinho... fiquei com pena dele... Há semenas ele me pede pra ouvir. Acho que confia nas minhas críticas, sobretudo devido aos anos que frequentei os shows do RN.
Mas enfim... tá liiindo! Eu me arrepiei várias vezes ouvindo. Levantei os olhos emocionado, qdo perdia o fôlego com as letras de amor e de fé. No final, me senti uma irmã coruja, orgulhosa e com invejinha boa dele "Por que não vim altona como ele nem com dotes musicaiss???????". Vai saber... genética é fogo!
Mi*


Tédio mortal!

Hoje tou tão entediada que já li até bula de remédio. Borboletei os blogs das minhas novas seguidoras. Eu deveria permitir comentários, mas tenho receio... quem quiser mesmo, sempre me escreve um e-mail. Ou apenas me segue. Já sei que ali tenho um leitor (a). O certo é que... hoje lendo o blog lindíssimo de uma guria jornalista que me segue (e, agora, eu a ela, claro!), me deparei com um texto da maravilhosa Martha Medeiros (até no Chile ouvi falar dessa mulher), sobre aquele filme Closer, que vi anos atrás com minha amiga Gabriela em SSA.
Queria muuito ter escrito esse texto. É por narrativas assim q me recolho à minha insignificância enquanto escritora. Tenho muito ainda que ler, pra chegar a um nível assim...
Sem mais.


Interrompendo as Buscas
(Martha Medeiros)
ASSISTINDO AO ÓTIMO "CLOSER - Perto demais", me veio à lembrança um poema chamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz: "Nenhuma pessoa é lugar de repouso". Volta e meia este verso me persegue, e ele caiu como uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em que quatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se davam por satisfeitas, seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é. Não há interação com outros personagens ou com as questões banais da vida. É uma egotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que é irônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisam estar sempre em movimento. Eles certamente assinariam embaixo: nenhuma pessoa é lugar de repouso.
Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco. Uma mirada microscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amplo leque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foi feito pra durar. Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta. Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes. Deveria parecer o paraíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca.

Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossas perdas e já não temos tantas ilusões. Sabemos que não iremos encontrar uma pessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossas expectativas sexuais, afetivas e intelectuais. Os que não se conformam com isso adotam o rodízio e aproveitam a vida. Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto de abrir mão do que lhe restou de inocência. Ainda dói trocar o romantismo pelo ceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada. Mesmo a vida lá fora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo "leve dois, pague um", também nos parece tentadora a idéia de contrariar o verso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos faça interromper as buscas.

Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade. Já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso?

Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber, pode ser amor.

P.S. Essa cronista ar-ra-saaaaa! Queria muuito ter escrito este texto.
Mi*

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