terça-feira, janeiro 31, 2012

Se pudéssemos plantar palavras,
como se planta uma árvore,
tantos frutos invisíveis
contido em seu silêncio
tanta sombra ao meio-dia
... em seu futuro,
palavras simples e quentes
amor, pão, mel, encontro,
as sementes seriam aladas,
e o vento varreria o jardim,
então, pouco a pouco,
atravessando montanhas,
mares, cidades,
e a paz cobriria o mundo.
Roseana Murray.

quinta-feira, janeiro 26, 2012


by Roseana Murray

Apesar da destruição sistemática da Amazônia, apesar do BBB e do que faz com a mente das pessoas, apesar das horrorosas perspectivas para o planeta, apesar da fome na África, das guerras, apesar do Oriente Médio e da suposta bomba atômica do Irã, apesar dos ídolos de fumaça, apesar dos capitães que fogem do barco, apesar das ideologias e religiões que fazem do homem o animal mais violento do planeta, apesar da camisa de força que amarra milhões de mulheres pelo mundo, eu acredito na força da liberdade e do amor.

P.S. Posto este texto da Murray, porque sou forçada a refletir sobre a ideia de que... o Amor ainda é uma das poucas crenças que tenho em minha vida.


INFINITO SILÊNCIO

Houve (há) um enorme silêncio
anterior ao nascimento das estrelas, antes da luz...
A matéria da matéria de onde tudo vem incessante e onde tudo se apaga eternamente.

Esse silêncio grita sob nossa vida
e de ponta a ponta a atravessa estridente.




Estradas
Nas estradas do ar
trafegam pássaros e sonhos,
e pensamentos de mudar o mundo.

Nas entranhas do ar,
pequenas partículas de amor
flutuam para que possamos
caminhar na terra como se fosse
no céu.
Roseana Murray.

Criatividade retida

Transportando os textos da Roseana para cá, neste tráfego rápido, penso "Não teria eu meus próprios pensamentos e textos para postar?". Tenho alguns, sim... Na verdade, há vários guardados nas "gavetas" do computador, meus labirintos. Mas... minha criatividade parece-me retida. Gosto de poucos textos meus, embora amigas me digam que são bons de ler.
Se há uma coisa que gosto de fazer em minha vida é escrever às pessoas que gosto ou sobre elas. Quem me conhece sabe.
Desde pequena, escrevia em diários e tenho parte grande dos meus dias registrada de forma variada. Aliás... foi por isso que escrevi sobre Autobiografia no mestrado. Falta algo? Uma motivação que me tire do eixo. Minha rotação está girando em torno de um sol com pouca luz para me aquecer, além de estar longa em demasia. Mas a força dessa gravidade doentia me arrasta e me atrai como um ímã.
Anyway...
É uma delícia escrever sobre o que leio, vejo, sinto, gosto, sobre o que não gosto. Se bem que, confesso, em momentos complicados, é quando dá para extrair boas produções líricas. A verdade é que, quando leio textos como o da Roseana, penso que teria de morrer e nascer novamente para chegar ao seu nível de entrega e de absorção. A veia, no entanto, pulsa em mim, escondida. Sou mesmo de pairar, em pensamentos, sobre aquele universo de onde é possível brotar poesia e lirismo. Mas volto de lá de mãos vazias ainda...

E essa última estrofe do poema "Estrada"? Que coisa bonita, meu Deus... ela sussurar deste terreno mimético que "pequenas partículas de amor flutuam, somente para que possamos caminhar na terra como se fosse no céu". Porque o Amor, às vezes, nos parece assim mesmo... como algo retirado do vazio de nadas ou de tão pouco, dando-nos, tb às vezes, apenas irrisórios motivos para nos sentirmos leves mesmo em terras firmes do Real.
Mi.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Sem imagem para postar

Os dias soteropoletanos estão tranquilos. Minha mãe, meu irmão caçula, minhas duas amigas Gabi e Ivana... têm feito de tudo para me distrair. Agradeço a Deus por fazer, através deles, eu enxergar quem e o quê vale a pena realmente na vida...
Passei o dia com a Gabi, almoçamos juntas, passamos a tarde juntas e ela com mainha: os mesmos conselhos de sempre que ouço, ouço... e pouco faço para os pôr em prática. Pq mesmo, meu Deus, ainda parece tão complicado pra mim seguir por outro caminho? Eu me distraio mostrando à mainha e ao Lipe um pouco de coisas diferentes que poucos eles viram. Ver certos lugares, provar de certos sabores através de seus olhos distrai, acalma... Mas sempre encontro um jeito de me isolar numa bolha de silêncio, de me sentir sozinha,  (como quase sempre) injustiçada e, sobretudo, de sentir o peso de uma escolha feita... muito, mas muito, complicada...
À noite, comemos aquela pizza de quatro queijos em frente à casa da Gabi (que lonjura!), ri das histórias da Gabi nos bancos, mercados, cinemas (muito estourada ela...Ivana idem) e é bom sentir esse contraste, já que sou mais calma e elas docimente agitadas. Que graça seria se todas fêssemos iguais? Não haveria som de risos enquanto comíamos a pizza, não haveria histórias para contar no final dessa noite linda de verão, não haveria amigas para se respeitar. Esqueci de nos fotografar. Pena... pq juntá-las não é fácil. Eu devia estar muito aérea mesmo.
Anyway... That's all.
***

"Dias iguais... são como um rio correndo
pra trás não deságua em nenhum lugar." - Sandy.

quarta-feira, janeiro 04, 2012


Um amigo=um lugar

Sabe um mês complicado, quando mesmo estando entre pessoas amáveis capazes de te distrair e, ainda assim, vc se sente down, pra baixo, em silêncio? Têm sido assim nas últimas 3 semanas.
Nesta, sobretudo, fiquei super decepcionada, triste mesmo. Daquelas tristezas de não conseguir pregar o olho, de ver o relógio apontar 6h da manhã e ainda estar insône, com o espírito inquieto, com a cabeça doendo de tanto pensar...

Pois... mas não faço muito a linha "pulsos cortados", então... graças a Deus, hoje reagi mais. Consegui dormir boa parte da noite, depois de ver Friends ás 1h da madrugada (Esse seriado sempre esteve comigo, me arrancando sorrisos há anos mesmo em momentos complicados).
Acordei cedo, fui á minha dentista fofa que amo. Ela é muito querida mesmo. Passa-me florais e bach, dialoga, se preocupa. Uma pessoa amiga, batalhadora. Tirei, enfim, o aparelho que usei durante 4 anos (comecei na Tijuca, depois Salvador, Niterói e voltei pra ela, em Fsa, a mesma de SSA). Gostei do trabalho dela e ficar livre desse aparelhome fez ganhar o dia...

Meu astral mudou e meu amigo Sérgio me levou para almoçar naquele restaurante simplesinho, mas que ele sabe o qto adoro "Quer o Amiraguaia, Micheleka?", pq serve um churrasco maravilhoso. Bem aquele tipo de pergunta de resposta conhecida previamente. Não pude tomar minha coquinha (Ô pretinha gostosa! haha), para não estragar a resina de uns reparos com fins estéticos.
Enfim... falei com pessoas que amo ao telefone. Dei um abraço na minha amiga Jack quando ela estava saindo do trabalho. Disse-lhe que adorei a visita surpresa de ontem á noite, qdo ela entrou no meu quarto e se sentou no chão, ainda com roupa de bancária, toda amiga, toda querida, preocupada com minha deprê no quarto fechado. Quero um bem a ela... (sem "foforice"!).

Por que escrever sobre essas bobagens do cotidiano? Porque esse cotidiano, esses personagens... são quem me lembram que sempre vale a pena viver.
Aqui em Feira não tem um lugar lindo que nos possa pôr em contato com a natureza, pq se houvesse mta gente se refugiaria quando estivesse fadigado de só lhar pra dentro. Então, as pessoas amigas de verdade que tenho em minha vida têm sido, mais que nunca, meu lugar favorito no mundo.
Mi - melhorzinha. E já ouvindo a Rihana "We found love in a hopeless place...".

terça-feira, janeiro 03, 2012



‎"O comportamento é sempre mais confiável do que as palavras.
A hipocrisia é a senhora das falas,
mas não resiste ao embate do cotidiano.
As atitudes do dia a dia não mentem."


***