quinta-feira, junho 12, 2014



Complexo de Édipo tá solto na novela!

Ok, ok... é verdade. Não há como sermos lúcidos o tempo inteiro, já que os entretenimentos funcionam (e sempre funcionaram) como um oásis para nossas mentes cansadas de tanta racionalidade. As novelas, os jogos de futebol (ou qq outra modalidade) estão para nós, hoje, como estavam mesmo os jogos romanos (e todas aquelas atrocidades com os gladiadores) para a antiguidade.
Ou seja, precisamos nos entreter!
Sou um pouco noveleira mesmooo! E esse complexo de Édipo vivido pelo personagem da Bruna Marquezine é irritante. Acho-a linda desde pequena. Lembro daquela 1a novela que fomos ver gravações no Leblon, na época em que só estudava e sobrava tempo pra passear. Mas hoje... Fala sério! Que papel deram pra pobre!... 
A guria já sacou que o cara vê nela a própria mãe, ainda veste o vestido de noiva usado pela mãe para o mesmo homem, reforçando, assim,  o que pra mim é forçar a amizade. 
O cara é tri*mais velho do que ela (isso não dá mto certo!), fala da antiga namorada sempre e tem surtos de ciúmes idênticos aos do passado. 
Masss também... não há mesmo o que se esperar muito da cabecinha de uma jovem de 18 anos. Com raras exceções. 
E reconheço... há situações na vida (eu sei) que uma jovem só entende quando as vive até a última gota. Não adianta muito a família mandar pra longe, explicar... quando algo precisa ser vivido para promover o amadurecimento e a subida rumo a uma nova etapa, parece que tudo conspira pra que vivamos, de fato, um relacionamento de alta complexidade e de fim, quase sempre, trágico! 
Que deem novos papeis e mais alegres à Bruna... Cansei de ver maluquice na TV, coisas que só Freud explica.
Mi*

quarta-feira, junho 11, 2014




SILÊNCIO
O silêncio é uma caixa
imensa onde cabem
e ressoam
todas as palavras
e há que pescá-las com cuidado.
Existem as redondas
e macias,
palavras vaga-lumes,
que iluminam a boca
de amor e doçura,
e outras com espinhos,
essa é melhor deixar
no fundo da caixa do mundo.
Dentro do silêncio
as palavras iluminadas
nadam
como peixes dourados.
- Roseana Murray

terça-feira, junho 10, 2014



"O problema das pessoas é que elas constroem muros, ao invés de pontes"

Há anos, li essa frase que um amigo português, do Porto, postava no MSN. Naquela época, sem WhatsApp, nem qualquer outro site de relacionamento, essas frases eram nosso Nikcname, chamada nossa. Eram épocas cariocas minhas do meu coração. De leituras intensas, gigantes epopeias literárias, aulas intermináveis, odisseias entre a Tijuca, Vila Isabel, e o centro do Rio versus Niterói. Quando a lia, pensava - assim como penso hoje - como derrubar as paredes que construímos entre nós e nossos afetos? E tb... nós e nossos desafetos? Sim, por que não? A uma altura da vida, os motivos que nos afastam de alguém malquisto podem não mais existir. Aí é que entram as pontes?

É preciso escolher quem queremos ser: Ponte ou Muro?
Se nos tornarmos Pontes, construiremos elos; derrubaremos obstáculos; ataremos laços; cruzaremos mãos. Seremos livres e visualizaremos horizontes azuis beijando os céus. Se optarmos por sermos muros, personificaremos distâncias, lacunas, jardim seco, fechado; âncora pesada arrastando-se pela solidão escura de sucessivos Nadas!...

Sejamos, portanto - nessa tão fugaz existência - Ponte, aquela que estende os braços e oferece as mãos; que perdoa, busca. É isso que desejo ser. Mas que, no entanto, nem sempre tenho conseguido...
by Mi*

Water Lilly (Van Gogh)