sexta-feira, janeiro 30, 2009

Instito Ricardo Brennand


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Instituto Ricardo Brennand
em cartaz: amostras do Brasil holandês.
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ÚLTIMO SONETO
Que rosas fugitivas foste ali:
Requeriam-te os tapetes - e vieste...
- Se me dói hoje o bem que me fizeste,
É justo, porque muito te devi.
Em que seda de afagos me envolvi
Quando entraste, nas tardes que apareceste -Como fui de percal
quando me deste
Tua boca a beijar, que remordi...
Pensei que fosse o meu o teu cansaço
-Que seria entre nós um longo abraço
O tédio que, tão esbelta, te curvava...
E fugiste... Que importa ?
Se deixasteA lembrança violeta que animaste
Onde a minha saudade a
Cor se trava?...
Mário de Sá Carneiro.

Recife - Pe
Depois de anos, voltei ao Recife.
Cruzei boa parte do nordeste, outra parte do sudeste...
Revi parte da família, a que interessa,
meu pai sobretudo.
Fez-me bem!
Estava precisando tanto de uma sensação
muito forte, de algo que me absorvesse
por completo.
Consegui-o.
Quando me sinto da maneira como
estava me sentindo, o melhor a fazer
(eu me conheço) é arrumar as malas e ir
para longe. A vida merece isso de nós...
Que procuremos todos os dias, um meio
novo de nos fazer felizes.
Nem que seja comer um morango com
chocolate no shopping, uma água de coco
na praia, ou em qualquer parte que seja.
Há várias e pequeninas coisas capazes
de tornar nosso dia mais feliz.
Indo para o Recife, eu procurei por
uma destas coisas, e a achei.
Mi*
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"And when they tell you that you're crazy,
You've got to try to settle down,
You got to turn yourself around,
Life is more than just good times, and parties".

sábado, janeiro 03, 2009



Salvador, 03 de janeiro de 2009.
Mais um Natal passou. Outros tantos virão. Certamente (Que assim seja!).
Fiquei com minha família na noite do dia 24.
Há exatos 6 natais, não ficava com eles. Depois, me reuni à Mile, Ivana e ao meu grande amigo Sérgio. Acabamos dormindo (eu e Ivana), enquanto o pessoal berrava no Karaokê. Na verdade, nem sei como conseguimos, pq as vozes esganiçadas comprometiam o sono de qualquer mortal. A vozinha de Mille salvava a pátria, a espaços.
Estou escrevendo, porque este verbo é meu companheiro incondicional. Minha verdade absoluta. Um mar de leite onde nado, me afogo, renasço pra escrever... voar novamente. Estamos em Salvador há alguns dias.
Todos saíram, mas assinalei a opção "Ficar em casa". Em contraste com a outra Michelle (a da adolescência), penso que jamais perderia a oportunidade de sair com os amigos e amigas. Mas cansei...
Passei a tarde inteira com eles na praia, e aquele ambiente de pagode (nada a ver comigo) esgotou meu estoque de paciência. Fiquei mais pelas companhias, pelo ambiente... Acho que, com os anos, minha dosagem (para tudo) está comedida. Não sinto mais aquela necessidade de sair e de ver o mundo, pq já fiz isso. A família Cherém me deu isso tudo. Vi, aprendi, vivi...
Minhas escolhas, hoje, estão tão diferentes. Contudo, não quero me afastar dos amigos de longas datas e me privar de suas doces companhias, porque me tornei tão diferente. Fiquei. É sábado à noite, capital... mas fiquei. Fiquei comigo, com o silêncio fecundo do meu coração, com minha necessidade de solidão escolhida...
Michelle*