domingo, abril 22, 2012


Ciranda do tempo

Engraçado como me sinto limitada no tocante à compreensão do Tempo. A todo instante, somos atravessados por passado, presente e futuro, vendo fundindas todas essas marcas numa só pessoa, em cada pessoa (grão de areia, poeira cósmica como diria uma professora antiga). E mesmo tão pequenos assim ("bicho da Terra tão pequeno", diria Camões) conseguimos ser inquilinos do Tempo e trazê-lo em nós concomitantemente? Compreendendo-o tão pouco, ou quase nada. Convivendo apenas como um grande aliado em certos momentos, inimigo tão passageiro em outros. Seguimos assim... procurando não pensar em algumas marcas desse mesmo Tempo, as quais chamamos de Lembranças, por que doem? Porque queríamos empurrá-las dentro de um porão escuro a ponta pés e, às vezes, não conseguimos... Memórias parecem ter bilhete de passe livre sempre à mão, transitam inocentes-culpadas por nossos momentos, trazendo passado, gastando o presente, com os pés já no futuro.
Mi.




Não existe essa idéia de “fulano é mal amado”
Ninguém é amado de uma maneira negativa
Se é, definitivamente, não é amor.

Fernanda Gaona.



Gaste Amor!

"A vida foi feita pra se gastar"... Ouvi essa frase e já nem sei onde...
Tanto que viajo de blogue em blogue, nestes tapetes voadores de palavras aladas que saem de corações desconhecidos, mas inspiradores.
Li a frase, lembrei de outras, pensei sobre e já nascem outras rimas a partir de uma só frase. E assim nos compomos com fragmentos de referências. Às vezes, boas, noutras nem tanto..., mas se a vida é feita, então, para se gastar e o amor, portanto, para ser vivenciado em cada grão momento, posto nas mais pequeninas coisas do dia a dia, por que não experimentar outra maneira de viver o amor, como nos afazeres do cotidiano? pondo-nos inteiros em cada coisa? Afinal, há diversas formas de Amor, enquanto sofremos querendo viver apenas uma...
Linda semana cheia de amor.
Mi.

Por Fernando Pessoa

Para ser grande, sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha,
Porque alta vive.

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