Medo de ti
Disseram-me que não há potes de ouro no final dos arco-íris.
Que não existem contos de fadas, nem mesmo elas ou seus encantos.
Disseram-me que não há eternidade, nem sonhos que durem,
tampouco amores que coexistam em reciprocidade.
Disseram-me ainda que não se esquece um
grande amor, mas que se aprende a viver sem ele...
grande amor, mas que se aprende a viver sem ele...
Indicaram-me tantos caminhos e motes para aderir e pensar.
Ensinaram-me receitas, verdades absolutas e cri, anos, que não crer
em nada era como pôr os pés nos largos territórios do Paraíso,
onde o concreto e o Real caminhariam lentos, seguros, de mãos dadas.
Tudo ouvi sem nada dizer.
Ao redor, ausências me endossavam os ditos
ruins e fincaram raízes em meus pensamentos.
Mas tu... vieste acordar-me as vozes do coração.
Disseste-me "Vem, pega em minhas mãos e construas
novas verdades". Mas...
novas verdades". Mas...
Será que é tempo de caminhar um novo caminho?
Aprender novos trajetos mais verdes e menos áridos?
Voltar a acreditar que um sopro daquele universo de encantos,
que cria quando menina, chegou ao mundo real?
Voltar a acreditar que um sopro daquele universo de encantos,
que cria quando menina, chegou ao mundo real?
onde tudo ao redor parece conspirar para deixar nossos
sonhos adormecidos?
sonhos adormecidos?
E enlaço-me em tuas mãos que, vacilantes, convidam (ou iludem),
com medo, com muito medo. Lançando-te, sempre, um olhar receoso
mergulhado em perguntas interrompidas, guardadas
na mesma caixinha de palavras mudas...
Em silêncio,
tenho
medo
de
ti...
na mesma caixinha de palavras mudas...
Em silêncio,
tenho
medo
de
ti...
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