quinta-feira, dezembro 08, 2011



Pé no chão, coração partido
e cabeça nas nuvens

Não sei bem... Mas acho (acredito) estar vivendo a época mais lúcida da minha vida. Sabe quando já temos um determinado acervo de fatos memoráveis para usar como referência? De modo que, qdo precisamos, vamos lá e pegamos tal lembrança como exemplo de algo bom ou ruim e acertamos em cheio! Sinto-me assim... com um pouco de experiência sinalizando para mim em que terreno (minado ou fértil) pisar.
Pé no chão, cabeça entre as nuvens e o abismo. Opostos rodeando a todo o tempo. Tudo isso sem me considerar desconfiada de tudo. Acho isso um tédio.
Síndrome do coração partido? Eu?
Então... não sei bem.
Só sei que não dá pra ser a mesma depois de algum tempo. Inúmeras são as vezes em que colamos pedaços de nós para não nos perdemos no vazio, porque são muitos os dissabores, as desditas, que nos fatiam em mil pedacinhos bem pequeninos.
Mi*



Conserto

Preciso consertar minha alma
e cerzir meu coração,
coser ponto por ponto os encontros
entrelaçar os fios rebordando meu monograma.
Lavar com cuidado e sabão de coco
esse coração encardido pelo
e manchado de armário.

Minha mãe dizia:
guarda o branco em anil,
senão, amarela.
Lavar com amor e secar ao sol,
engomar ligeiramente em maisena,
passar a ferro quente.

Esticá-lo na vitrine da cristaleira
para que eu o veja sempre e não me esqueça
que o coração guardado se mancha de tempo perdido.

Wania Amarante.

Por onde andei

Desculpe estou um pouco atrasado,
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei errado e eu entendo...
As suas queixas tão justificaveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias até pra uma criança.
Por onde andei enquanto você me procurava?
Será que eu sei que você
é mesmo tudo aquilo que me faltava?

Amor, eu sinto a sua falta
E a falta é morte da esperança
Como o dia em que roubaram seu carro
Deixou uma lembrança
Que a vida é mesmo coisa muito frágil
Uma bobagem, uma irrelevância
Diante da eternidade do amor de quem se ama

Por onde andei enquanto você me procurava?
E o que eu te dei foi muito pouco ou quase nada?
É o que eu deixei algumas roupas penduradas
Será que eu sei que você é mesmo
tudo aquilo que me faltava?

Nando Reis.

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