sexta-feira, dezembro 23, 2011


Diário de uma paixão

Já teci milhões de elogios ao autor Nickolas Sparks várias vezes aqui no blog, ou em conversas com amigos. Ontem, a página do filme no Face postou esta imagem lindíssima do casal naquele lago cheio de aves. É quando Noah pergunta á Ellie "Stop thinking about what I want, what your parents want! What do *you* want, Allie?".

É esta frase que tenho dito pra mim sempre "O que realmente eu quero", não em forma de pergunta, pois sei exatamente tudo o que quero de verdade. Digo para lembrar do meu foco, pq eu o perco com tamanha facilidade... disperso, distraio, simplesmente me deixo, ás vezes, arrastar pelos acontecimentos e, qdo vejo, estou submersa em ilusões e longe, bem longe do meu foco. Perco o equilíbrio, qdo preciso "ter foco e equilíbrio".
Enfim!... O filme é daqueles que marcam, ainda mais para quem gosta de escritas íntimas. Tive um conhecido próximo que sofreu desta terrível doença que é o esquecimento (Mal de Alzheimer). E é horrível ver alguém tão inteligente e jovem como foi meu conhecido Fernando, prof. da UFRJ, ter sua identidade apagada pra si prórpio. Pq... ser anônimo para o resto do mundo é normal, mas pra si? Nossa...

Gosto do filme justo por esse contraste (Como paradoxos de poemas maneiristas). Esses opostos se alternando: autobiografia e diluição do eu. Ou... escrever para não se esquecer de si, para não se perder, agarrando-se ás linhas de uma folha de papel, juntando-as ás da grafia num elo frágil e cheio de espaços (profundo).
Poissss... Choro litros, baldes... Vale a pena rever.
Mi- agradecida por ter a si mesma.


Oceano pacífico


VENTO

O vento escreve
em minha pele
estranhas palavras:
Sou seu dicionário
quando ando sem rumo,
subo a montanha,
caminho na areia.
Até que você me encontre
e leia em mim
as sílabas do vento,
vago pelo deserto.

Roseana Murray
In. No cais do primeiro amor.

Foto: Viña del Mar - Chile.

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