sábado, dezembro 24, 2011


Na noite quieta, o menino desliza, só de meias, pela casa, às escuras. O chão brilhoso e gelado reflete as sombras dos móveis pesados. O menino desvia-se das quinas pontudas de mesas e aparadores, dos pés arrebitados de uma cadeira de balanço. Sem ruído, abre a porta de entrada e vai para o quintal. Lá fora, um céu coalhado de estrelas, um ar perfumado e fresco, e o silêncio.

Graziela Bozana.




Desejo a todos meus amigos e amigas (família, claro, sempre!)
que encontrem (metaforicamente falando) o pote cheio de amor que
se esconde no final de cada Arco-Íris.
E que dias felizes e de festa sejam todos os dias!
Abraço delicado. Com carinho,
 Mi*


Esta é a Roseana Murray. Lendo-a hoje, viajei novamente me recordando, com ternura, da viagem que fiz a Visconde de Mauá, em Maringá, pertinho de Penedo. Foi no inverno do ano passado. Lembrei do chalezinho na montanha, do frio bom convidando a gente tomar chocolate quente, morango com chocolate quente e macio cobrindo-o... Hum... que coisa boa. As cidadezinhas são aconhechegantes, tem lareira, bosque, pássaros e um ar bom de poesia espalhado por cada curva de esquina.
Foi uma viagem bonita e suas poesias me levaram até la novamente.

Devo fazer muitas alusões a essa poetisa nos próximos dias, já que não consigo deixar de ler seu blog. É uma delícia... A sensação que tenho é a de estar tomando um pote cheio do mais saboroso sorvete (ou comendo o brigadeiro quente de colher, numa panela enorrme).
É muuuito bom. É doce sem enjoar. Com carinho e admiração sinceros.
Mi*


PARA LEMBRAR

Quando eu morrer
me amarre em teu corpo
com as vigorosas cordas
da palavra,
quando eu for só palavra
me amarre em teus olhos
com as frágeis cordas
da memória,
quando eu for apenas
uma fragrância longínqua,
toque os sinos
da minha poesia
para lembrar.
Roseana Murray.
in Poemas para Ler na Escola.

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