quinta-feira, outubro 07, 2010



Dear John

Todos que assistiram ao filme devem se perguntar se Savana e John realmente ficam juntos. A mulherada romântica vai achar que o encontro casual deve ter resultado, sim, num fim juntos. Um final merecido, diga-se de passagem... Só lendo o livro pra retificar isso mediante as palavras do narrador.
A história gravita em volta de um casal apaixonado que precisa se distanciar por motivos de estudos e trabalho, resultando no casamento da loira com o personagem inesperado (pai do autista).

Carta vai, carta vem, e ela se cansa de tanta solidão, por isso o envolvimento com outro homem. É natural. Uma jovem assim quer conhecer o mundo, ver gente, ter uma vida em comum com alguém que a amasse. Talvez, ela não soubesse que só ser amada não lhe bastaria. Mas também amar a sós, com o cara na guerra ou em qq outro lugar, também ninguém merece, né? Complicado...
A maioria esmagadora das pessoas passa por alguma relação assim, de idas e vindas. O que eu acho? Hum... me identifiquei um pouco com a história do Nicholas Sparks (pra variar... Eu adoro esse romancista norte americano!).

Mas, enfim, o que eu acho? Bem... mesmo diante de certa instabilidade, se um casal vai e volta, se qdo se veem é como se o tempo não tivesse passado, talvez seja porque nunca quiseram ir embora de verdade. Se ficarem juntos, então, é porque não poderia haver outro final de história. Mais uma linda história do Nicholas, como o "Diário de uma paixão" (Sem palavras!), "Um amor pra recordar" e outro que vi, mas esqueci o nome. Todos com uma fotografia incrível, personagens encaixados perfeitamente em seus intérpretes e de uma sensibilidade inesquecível, tanto textual quanto no enredo em si.
Gostei das reticências. Gosto das entrelinhas, do subjetivo, subentendido... É bom fugir do óbvio e fácil de ser compreendido. Sabe por quê? Simplesmente, porque nem tudo precisa ser dito. A Clarice que tinha razão quando falava do melhor estar nas entrelinhas...
Mi.





AUSÊNCIA


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade.

Ratificando texto do cartão: "tenhaM se passado muito anos...".

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