domingo, agosto 15, 2010
Blimunda, Baltasar e seus sóis e luas fundidos
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Era uma vez uma vidente, não de futuro ou divagações
Via através das artérias e dos sangues, via vontades,
A realidade nua, doída, faminta
Era vez um maneta que, de nada ver, um dia vê demasiado
Juntos em trindade profana com o padre sonhador
Recolheram vontades, esticaram vimes e arames,
Construíram um sonho de voar por ares nunca dantes voados
de explorar a si próprios e um ao outro
Era uma vez uma vidente, um maneta e um padre sonhador
E somente os três bastaram para tirarem o pé do chão
Porque só tirando-os é que, verdadeiramente, se alcança
As estrelas...
Mi Rolim.
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