quarta-feira, março 10, 2010


Outra metade
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Há uns dias, postei a foto em que apareço pela metade. Brincadeira copiada da minha amiga Liu. Acho-a super criativa pra brincar com fotografias. Costumo dizer que ela me inspira. Mas o que ia dizendo... é que postei e uma prima comentou: "E sua outra metade, cadê?". Naturalmente, havia um questioamento que pendia pro lado afetivo. Não disse nada. Apenas sorri. Aprendi a falar menos sobre vida pessoal, sobretudo plublicamente. Mas em silêncio, meu coração disse um nome. Daí, lembrei (sempre lembro) do que uma amiga disse ter ouvido de alguém "Todo mundo tem um dono". No início, achei meio machista, afinal... que ideia achar que alguém pode ter nossa escritura de vida, como se fôssemos loteamentos de terra. Hoje, contudo, entendo que não foi "dono" no sentido de proprietário. É mais sutil. 
No fundo, sabemos que nossos corações batem mais forte por determinadas pessoas. Por vezes, isso sequer tem muita lógica. Parte de nós é como um terreno fértil onde qualquer demonstração de afeto e amizade de alguém  especial podem fazer florescer arrepios, batidas mais fortes no coração, desejos...
Pensando sobre a pergunta da prima, lembrei também de uma passagem de "O Alquimista", quando Santiago (acho) diz:

É fácil entender que sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto, seja no meio de grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gêmea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros ebaixo do sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana.
(Paulo Coelho) O Alquimista.

Olha quantas ideias frequentam nossas mentes ao passar de uma simples pergunta?...  Mas, como acho que "O que eu ganho e o que perco ninguém precisa saber" (Lulu Santos), vou seguindo com a resposta implícita. Não sei se acredito muito em "Almas gêmeas", mas tenho observado algumas pessoas se entenderem de uma maneira tão especial (com suas desavenças provavelmene) que, por vezes, sou obrigada a admitir que, se a lenda "metade da maçã" não existe, há algo sutil à nossa volta, uma sintonia, uma vibração unindo casais... criando laços bem atados, fazendo cair por terra certas teorias rabujentas de que isso não existe de maneira alguma.
Por mim, cá com meus botões (ou teclados do laptop), prefiro ser menos radical e menos romântica tb. Não acredito em "Príncipes encantados", mas tb não acho que "Todos os homens são sapos". 
Acredito no Amor (Aliás, é um dos poucas coisas em que acredito). E a energia do amor faz milagres, inclusive o de levar casais a vencerem diferenças e serem felizes, mesmo com milhões de adversativas. 
Tenho visto milagres do amor na minha própria vida. Por isso... penso, na verdade, que somos inteiros qdo amamos. Então, não tenho metade, porque metade seria se não praticasse o verbo "Amar". Isso sim seria anulação da própria existência.
É isso, então!...
Mi*

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