sexta-feira, outubro 16, 2009


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Still here
..
Não sei por que ..
À beira do mar, na Primavera, não sei por que meu coração te escolheu
Entre as idas e vindas curvas e retidões dos anos
continuas vivendo em mim
Pelos escombros dos sonhos que se afogaram em desilusões... ..
Não sei por que, mas aquele beijo com o sabor da eternidade não foi dado a ninguém
Depois da morte do meu amor, por baixo das marés entre sobe e desce descobri-te ainda...
Continuas vivendo em mim...
Flagrei-te como quem apanha um ladrão na escuro do quarto
Como alguém que viveu intensamente, mas que, hoje, respira
devagar porque esteve à beira da morte, em outras estações...
Não entendo o porquê. Uma sentença de vida? Ironia?
Será que descobriram, em mim, os deuses
um maleável brinquedo?
Uma praia nua onde pudessem fechar e abrir cortinas
Levando e trazendo o Sol ao sabor dos ventos?
E eu continuo sem compreender.
Mas, a verdade é que te localizei hoje aqui
Bem dentro do coração...
Remexendo-se como um pássaro ferido e faminto
por baixo da minha saudade.
Mi.

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