quando sente uma imensa vontade de se esquecer ali debaixo da pequena represa?
Sabe aquele fio de líquido caindo pela torneira enquanto vc lava a taça suja de vinho?
Sou eu. Vim confessar minha imaterialidade.
Pois que sou tudo que escorre e escoa e desce e dilui.
Sou o tempo que em si mesmo não se reconhece.
Sou essa saudade que passa e vai passando e me levando com ela
Sufocando-me e me faz sentir como algo que se esvai e vai...
Pra onde? Onde está o Sol?
Sou o rio correndo depressa, esse mesmo rio onde afogo meus pés cansados, vacilantes.
Sou esse ser impalpável...
Respirando apenas nos espaços entre uma palavra e uma vírgula,
abrindo áspas para a saudade, espremida entre as frases errantes n
a solidão que sou no rio-do-tempo em mim mesma.
Mi*
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