segunda-feira, setembro 14, 2009



"Escrevo o que vejo, mas também vejo o que escrevo.
E no teu rosto, o que vejo são as palavras que
nascem dos teus olhos,
quando os abres, e toda a luz do mundo desce pelo teu rosto,
dizendo que é manhã.
Por isso as escrevo, para que a manhã possa nascer deste poema,
através das palavras que o teu rosto me ensina"
Nuno Júdice.


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"Não" a todo tipo de vício
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Ontem à noite, eu e minha mãe assistimos à entrevista de um ator brasileiro muito querido. O lindinho Fábio Assunção falou, pela primeira vez, sobre seus problemas com as drogas. Ele parecia meio fragilizado, falando sobre esse assunto tão íntimo, mas o achei muito corajoso por se abrir assim. Enquanto o "Binho" (lindo de morrer!) falava, eu (e todos os brasileiros) pensamos "Pq uma pessoa tão bem afeiçoada, com um emprego reconhecido e bem sucedido pode recorrer à voz das drogas para se guiar?". Logo depois de eu pensar isso, a jornalista lhe fez a mesma pergunta, e ele respondeu (com suas palavras meio soltas, meio vacilantes como quem mede tudo o que diz) que foi brincar com algo desconhecido, sem saber sua dimensão. Além de concluir que todo mundo possui um lado autodestrutivo.
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Curioso... Por vezes realmente somos autodestrutivos em nossas vidas.
Quando ele desabafou sobre o quanto já quis abandonar o vício e não conseguia, senti uma aflição que, de certo modo, experimentei também. Já me deixei arrastar por um tipo de vício. Não falo na dependência química, porque, no meu caso, minha droga foi outra, mas não deixa de ser droga pq não foi química.
Também vivi anos uma dependência afetiva criada por minhas próprias ilusões. E como foi difícil, meu Deus, me curar. Aquela luta diária, graças aos deuses, já passou. Mesmo assim, procuro me vigiar ainda, sobretudo quando a "maré" sobe e traz os lixos do fundo do meu "mar".
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Comparações à parte... Eu desejo todo sucesso do mundo para esse talentoso ser humano que viveu nosso querido Carlos da Maia, de Eça. Que viveu o eterno Lipe de 'Vamp', o professor super ético de 'Coração de Estudante'. Agora, ele vai se recuperar, sim, e o Brasil todo torce por isso. Eu cá do meu lado, continuo com minha luta mansa, rasteira, mas que, diante daquela entrevista, reconheceu um ponto frágil na sua estrutura. Isso será, decerto, uma pequena suspeita de não estar ainda, completamente, curada.
Mi*

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