domingo, março 22, 2009


Minhas meninas...

Costumo dizer que as imagens de fadas que publico são "minhas meninas".
Amiúde, lembram-me amigas queridas, minha mãe... Imagens femininas por quem sinto respeito e apreço. Lembro de umas duas amigas de quem me afastei, mas que serão sempre "my grils", fadas madrinhas. Afastei-me de uma dela sobretudo. Cometi erros. Não tenho coragem de procurá-la.
Sei o quanto vivia magoada com a Vida, maldizendo as pessoas que lhe tinham machucado. Sei que faço parte, agora, de sua lista negra. Já vinha ouvindo tantos agouros. Por isso, me calei depois dos desentendimentos. Não bati à sua porta, insistentemente, pedindo desculpas, já que sabia bem tudo o que iria ouvir e, de qualquer maneira, não sei se, de fato, o nosso tempo não já passou.
Aqui dentro não. Coração parece ser como a Terra do Nunca onde vive eternamente Peter Pan. O tempo não passa como se passa do lado de fora. É meio doido isso. Mas de fato é assim... a cronologia do coração é especial. E nestas terras, estamos juntas, jamais nos separamos. Jamais errei. Jamais ela leu palavras rudes que lhe disse obliquamente... Sinto saudades dela. Da melancia picadinha que me leva à cama antes do "Boa noite". Comia-as lendo um livro. Foi uma irmã. A história de nossa amizade foi um encanto e, por certo, as estrelas não leem iguais à nossa todos os dias.
Enfim, deixo esta nostalgia de lado um pouco. Queria dizer e já o disse. Minhas meninas representam para mim espasmos de recordações, respeito, apreço e carinho por perfis femininos que, de alguma forma, me deram à mão em alguma altura da minha vida.
Mi*

P.S. Outro texto que colhi de "céus alheios" num destes voos que faço à procura de néctar.
...
CEGO EM PARIS

Dizem que havia um cego na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: "Por favor, ajude-me, sou cego".
Um publicitário, da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora. Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as pisadas e perguntou-lhe se havia sido ele quem reescreveu o seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali. O publicitário respondeu: "Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras."
Sorriu e continuou seu caminho. O cartaz dizia: "Hoje é primavera em Paris e eu não posso vê-la.”


P.S. 2: O fato é que há sempre milhões de maneiras de dizermos uma só idéia. Embora, às vezes, todas as palavras nos calem, silenciem-se e voem para céus distantes como aves tangidas por forte vento...





Niterói - RJ






Em meus voos por céus alheios nesta noite,
colhi umas "flores" e as quero deixar aqui, para enfeitar meu diário.
Visitei um blog novo. Uma voz muito sensível se autobiografava por trás das palavras. Achei bonito o poema abaixo. Há anos não experimento, não saboreio o espírito de palavras assim. Palavras que nos arrancam páginas por dentro, e se escrevem por cima de outras, impondo a presença avassaladora de sua alma.
Bem, é isso, então. As flores nos enfeitam na janela que se segue...

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Diário da tua ausência
...
"Sei que um dia voltarás a caminhar ao meu lado pelas
mesmas ruas de sempre, onde há portas de casas mais
baixas que nós e a luz amarela dos candeeiros antigos
protege os amantes e os seus sonhos
ainda e sempre por realizar.
O teu feitio tranquilo e conciliador vai encontrar
uma forma subtil de apoximação (...)
e sei que não te vou resistir...
Sei que vou sentir-te outra vez como se nunca me
tivesses saído do sangue, mas espero já ter
aprendido a viver com isso.
Há amores que nunca morrem, não há?
Por isso, até conseguir alcançar esse estado de sabedoria
e despredimento, preciso de paz e de silêncio,
para que o meu luto não seja em vão. Infelizmente não posso usar a minha segunda visão
para tentar adivinhar como te sentes, se estás feliz na
tua cidade, se te apaixonaste por outra mulher
ou vives os dias como eu, afogado em trabalho,
e quando te deitas à noite, a tua cama é tão
vazia como a minha e se enche de saudades minhas,
enquanto choro com saudades tuas. (...)
de Margarida Rebelo Pinto*

***




Linda a fotografia, não?

"Roubei" do álbum de uma amiga que vive em outro país. Aliás, é uma das amigas mais divertidas que conheci pela internet. Distraio-me vendo seus passeios, lendo as legendas...
É um dos raros álbuns que visito, pq não não vejo mesmo muitos.
De um ano para cá, então... quase não visito mais perfis em Orkut, a não ser uns quantos já pré-selecionados, nos quais faço questão de deixar rastro e comentários.
Passei o dia inteiro estudando espanhol. A Gabi me passou o endereço de um site com ótimas aulas de línguas. Parei o de inglês, pq o espanhol está mais urgente, batendo à porta.
Olhei meu Lattes, e conclui que as atividades estão mal distribuídas... Tenho de rever isso, saber quais congressos publicaram resumos meus. Haverá ABRAPLIP neste ano, em Salvador.
Queiram os deuses que possa ir. Estava com ideias sobre o livro do moçambicano Mia Couto e Saramago, ainda aguardo a USP aprovar meu artigo. Bem... O dia friozinho hj me deixou feliz.
Sexta foi um dia de decisões importantes, sobretudo, pro meu coração.
Está perto de eu escrever o texto sobre a Libertação. No caso, a minha libertação tardia. Afinal, sinto que estou desfazendo laços antigos definitivamente, e daqui sinto o cheiro doce de canela com açúcar da liberdade.
Boa noite a mim, a quem me ler... (Eu no futuro).


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