terça-feira, dezembro 16, 2014



Palco das ilusões, das lamentações e das alegrias vividas tb

Há um clipe novo da Beyoncè cujo tema central é o foco dado pela sociedade à aparência, àquela ditada como a boa, perfeita, ideal. Mas estendo esse tema tb à relevância conferida à aparência de uma forma mais abrangente... a importância dada a tudo, enfim, que cai na superficialidade: relações passageiras, roupas descartáveis, viagens vazias de sentido e significado. 

E onde mais temos visto tudo isso? Na internet? Revistas?
A internet (com as queridíssimas redes sociais) tem sido um palco vasto onde as pessoas têm se exposto, abrindo suas vidas e desfilando ora suas mágoas (muro das lamentações) ora suas alegrias (fingidas e as sinceras tb). 

Uma roupa que apareceu na foto de ontem parece não poder mais se repetir na de hoje... os sorrisos são largos e todos parecem viver na Ilha seleta de Caras, ou no país das Maravilhas. Tantas Alices? Isso... quando não lemos frases e textos cheios de tristezas, ou cheios de belezas tb. Aliás... já li blogs tão bonitos que chorei com a beleza das almas desconhecidas que estavam por trás daquelas linhas.

Mas voltando... Até onde é bom tanto holofote?  Ou tanta escuridão? Ou tanta vontade de descartar o que ainda pode ser aproveitado? Haverá meio termos?

Sabemos que nossa sociedade é do consumo e isso, por vezes, nos faz escorregar até a superfície de tudo, onde só moram as pontas dos icebergs, porque me recuso a acreditar que haja tanto vazio, escuridão e vaidade flagrados em tantos álbuns e sites, já que sabemos não ser a vida só de sais nem só de açúcares. 

De repente, tem razão mesmo a Beyoncè... não são as imagens que precisam de plásticas, de reparos, de serem deslumbrantes por fora apenas, porque as almas, sim e sobretudo, precisam de arestas a serem aparadas... de brilho, generosidade, simplicidade... de entrega!
Não que ache ter eu isso tudo, mas vamos lá avante... a caminho do que realmente é profundo, duradouro e cheio de luz.
Mi*




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