segunda-feira, janeiro 18, 2010


  
Muros ao invés de pontes


Uma pessoa muito querida deixou publicado no MSN a frase "As pessoas não são felizes, porque constróem muros em vez de pontes". 
Por alguns meses, sempre que entrava no Messenger, lá estava essa frase e ela ficou gravada em mim, mesmo depois que meu amigo português a trocou por outra, certamente outra frase bonita e criativa, especial como ele é.
Hoje, refletindo sobre mim, meus relacionamentos com amigos, amigas, familiares, etc., pensei... "Como tenho feito a manutenção das minhas pontes?". É... acho que meio precariamente. 

Há dias que não quero falar com ninguém, quero ficar sossegada em silêncio, dentro da minha bolha, minha concha, minha toca interior. Daí, evito amigos ao telefone, não os atendo, nem retorno as ligações, embora os adore de todo o coração. Não sei por que sou assim. Queria ser como os amigos daquele seriado que adoro (A Karen me ensinou a gostar) "Friends". Eles se importam sempre uns com os outros e, acho, jamais se evitariam. 
(Ou será idealização demais minha?).
Porque talvez seja natural as pessoas construirem alguns muros, ao invés de baixar suas pontes levadiças, básculas. 
Talvez, meu problema seja esse... as minhas pontes são de básculo, não ficam lá sempre, estáveis. Eu as faço se estender quando quero, como quem abre as portas da sua vida em tempos espaçados, ou como quem foge do Sol, fechando as cortinas. 
Enfim, esse é meu jeito. Não digo que me orgulho dele. 
Todavia, queria ser diferente, embora reconheça que não adianta mais lutar contra minha própria natureza, minha maneira de ser eu mesma.
Já tentei ser sempre acessível, contudo... é verdade, falta-me vontade de fazer descer a ponte. Prometo a mim, fazer isso mais vezes, porque no final das contas, sempre quando abro as janelas para os sóis da minha vida entrar, me sinto mais aquecida por eles, através deles. E isso, sim, é abrir os braços para a vida, para outras vidas além da minha própria.
Mi-tatu.

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