quarta-feira, dezembro 16, 2009



Dias iguais
...
Depois da Defesa e dos comprimissos todos que, ante um curso assim, acabamos assumindo, um vazio parece ser cavado dentro de nós, nos dias que ficam mais longos... Desdobramentos uns dos outros, extensão de nadas.
Ando sem vontade de ler, de estudar... Já comecei a escrever dois artigos pra publicar em revistas, mas falta a vontade de continuar. Antes de dormir, é certo!, penso, penso que é uma beleza! O ideal seria levantar da cama nessas horas e escrever tudo o que vier à mente. Mas acabo esquecendo de mim nessas reflexões. Quando percebo, já adormeci e, no outro dia, cadê as ideias??? Mal consigo encontrar uma nas prateleiras da memória empoeiradas pelo breve tempo. Poisss. Comecei a escrever o livro que sempre sonhei, As três Marias no qual pretendo abordar os perfis psicológicos de três mulheres pertencentes a séculos distintos. Uma do XIX, outra do XX e a última do XXI. Minha ideia é mostrar como as elas sonharam com um tempo em que pudessem ser livres para fazerem as próprias escolhas. No entanto, chegado esse tempo, ainda há mulheres com amarras. Mas, agora, afetivas e psicológicas. Não mais presas à sociedade cruel oitocentista, por exemplo; todavia, conseguiram encontrar novas formas de prisões: carências afetivas, baixa auto-estima, desorientação diante da vida e dos dissabores. A minha pergunta a mim mesma é "Será que conquistamos mesmo nossa liberdade?". Eu procuro me sentir o mais livre que posso,para seguir meus caminhos e tomar minhas decisões. Mas atenho pensado que sempre estarei presa a algo, nem que esse tal algo seja qualquer coisa ainda sem nome que levo, a esmo, dentro de mim mesma.
Mi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário