domingo, abril 19, 2009



Pitonisa de Delfos, eu?
...

Entrei aqui para ficar um pouco comigo, com meus pensamentos. Para conjugar (e julgar) a mim mesma, em primeira pessoa. A escrita é este laboratório de instrospecção que sempre me aponta os erros (os acertos tb, quando os há).
Não sabia ao certo sobre o que escrever, mas nem sempre o soube, e isso jamais me impediu de manifestar o meu ser narrativo que nasce na escrita. Por isso, como creio em sua presença, sei que mesmo sem inspiração minha, basta obedecer à vontade icontralável de escrever e, pronto!, eis que qualquer texto lhe faz surgir. O que ganho com isso? Uma profunda satisfação produzida pelo eterno efeito catártico das palavras. Talvez, seja isso que sentem os viciados em cigarros ou em qq coisa do gênero... Meu vício é este... fazer aparecer meu Apolo interior, ao passo que sou apenas uma mera Pitonisa emprestando o corpo (mãos e silêncio) ao texto.

...

*****

O dia acordou lindo hoje. Mas lindo de verdade. Cristalino com direito dado até às sombras de aparecerem. Sombras de prédios, de carros, de gente por toda a parte. Falando em sombra, lembrei que há algum tempo vi um desenho animado que estava mostrando crianças que possuíam uma sombra-amiga, lhes acompanhando; sendo que, uma das crianças, havia perdido esta outra parte de si. A sombra inseparável era de um animal. Mas acredito que possa haver ínumeras leituras em relação a esse desenho. O animal pode ser nosso lado primitivo, nossa alma, algo de puro de inocente. O garotinho procurava pela sua outra parte e se sentia adoecido sem ela. Havia uma necessidade na relação, e a relação se cumpria. Mas já lá vai... a história acaba bem, pq ele a encontra. Viu como é bom escrever? A outra Michelle sai da toca, me deixa vê-la (e eu a ela) e já me sinto um pouco melhor. Distraio-me. E é assim que, por vezes, podemos alcançar o melhor que vive em nós: ao acaso. Viva aos acasos. Aos doces acasos!

Uma semana iluminada para nós.


Nenhum comentário:

Postar um comentário