sexta-feira, março 13, 2009


A palavra-chave
...

Sabias... eras tu a palavra chave.
O amuleto da sorte.
Aquilo que chamava meu, porque sentia por dentro.
Por fora, o bater das asas resplandecia no meu jeito de olhar, nas mãos geladas, no coração acelerado. Eram as asas de dentro voando pelo céu do meu corpo.
Mas, suas mãos suadas e ávidas, por explorar terras, não as sentia.
Nos meus textos, seu nome era a marca recorrente.
A imagem que amúde aparecia, alegorizando vulcões, pontas de icebergs, razões sem as menores razões de o tempo fechar ou se abrir com seu pouso.
Seus voos o fizeram parar (para sempre) noutros galhos.
O mundo é tão grande, e há tantas e demasiadas partes de céus, do mesmo céu que somos todos.
Quando os Quatro Ventos visitam-me, lhes peço que pouse em seus lábios as lembranças dos beijos que bebemos, para que, em meio às tantas paragens, carimbem eles em seu coração os instantes em que voamos juntos.
...
"How to pull it close and make it stay?"

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