terça-feira, julho 01, 2014



"... muros em vez de pontes."

Retomo esse pensamento porque, nesta semana, uma prima que estava chateada comigo (rebeldia totalmente sem causa) voltou a me escrever no WhatsApp e a mostrar-se mais afável.

Nossa diferença de idade é de uns 10 anos, mas isso não impediu nossa química. O processo de identificação é assim mesmo. O problema é ela precisar de mais atenção do que, às vezes, alguém pode dar. Já eu não me importo com algumas distâncias, porque não tenho tempo sequer para fazer minhas unhas. Enfim!... O fato é que, de vez em quando, me surpreende chateada à toa, me evitando as ligações e mensagens, ou, como foi o caso, reclamou que só ligo pra tirar dúvidas bobas do cotidiano e nunca a vejo. Achava eu que ligar por motivos diários fosse o mesmo que dar atenção, provar que confio em sua opinião etc. 

Em meio a cobranças descabidas e injustas, me deixou com a mente descansada para deletar mais um contato da minha vida. Já não faço mais questão de ser simpática com todo mundo mesmo, seleciono minhas amizades pelo grau de afeto e de paz que me dão (essencial!), pois, infelizmente, não tenho mesmo tempo. Portanto, já concluí que, quanto menos pessoas no meu rol amistoso, maior qualidade terei nos poucos relacionamentos.


Aquela frase de Saint Exupèry "Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas" é mesmo perigosa, como dizia a Cris Prates, uma professora da época de facul. Sabemos que somos responsáveis por mantermos amizades quando despertamos o carinho no coração de alguém, mas é muito difícil manter, com todos, o mesmo tipo de ligação, de proximidade...
Enfim, ela pediu desculpas e eu ainda estou meio com receios de levar sustos, porque realmente... não tenho podido dar a ninguém a atenção que dou à minha família, por serem  -obviamente- as pessoas mais próximas a mim. 
E isso -nem de longe!- quer dizer que não gosto dela. Gosto e muito! Apenas quer dizer que posso falhar de novo (aliás! vou falhar). Mas procurarei manter a calma, não me chatear mais com o jeito dela, deixar, assim, sempre portas e janelas abertas para meus afetos queridos. 
Essa será minha forma de manter as Pontes, que podem ser miúdas, curtinhas. Contudo... penso ser melhor assim do  que construir Muros, um circuito fechado em definitivo.
Mi.

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