segunda-feira, janeiro 24, 2011




Não é preciso dizer...


Sempre que algo doce e demasiadamente feliz me ocorre, costumo lembrar daquela frase de Clarice Lispcetor "O melhor está nas entrelinhas".
Verdadeiramente, acredito que não precisamos expor nossa felicidade claramente em letras garrafais.
Dias de puro amor e reencontros, saudades saciadas... tudo isso deve ficar guardado em nossa memória como se o fizéssemos em caixinhas de segredo. É um momento que deve ser silencioso, como aqueles quando estudamos ou estamos em meio á leitura, momentos "a sós" cheios de reflexões e sorrisos dos quais poucos devem compartilhar.
Nessas horas, prefiro mesmo o silêncio ás palavras, e olhe que sou das Letras!
De fato, não é necessário gritar ao mundo nossas alegrias, a inveja tem mesmo sono leve. Acredito em poucas coisas, mas a inveja... acho que suga  nossas energias, gerando ondas de negatividade. Nada ganhamos com isso. Discretamente, podemos nos sentir felizes de forma comedida e silenciosa. Assim dura mais, sentimos mais...  
Mi-about past week.







Quinta-feira

Na quinta, dia 19, encontrei-me novamente com os amigos da época de colégio. Não dá sempre pra juntar todo mundo. Então, desta vez fomos só eu, Gabi e Cinho. Sempre que podemos, combinamos uma pizza, temaki, Habib's... Ou Gabi vem aqui e a gente conversa um pouco. Quando vou a SSA, procuro vê-la também. E sempre é muito agradável. Um momento feliz! Nada de pieguices ou de nostalgias cafonas. Falamos sobre o amor, amizades, sonhos, nossas vidas atuais, planos... Sobre as bebidas que eu deveria experimentar, mas que odeio todas!... Fiquei na minha rosca de morango (de sempre), que mais parece um Kapo de tão doce e sem álcool.
Foi bom rever meus amigos, saber como estão, ouvir suas vozes de perto sem ser por fone ou vídeo do MSN...
No fundo, parte do que fomos continua a mesma da época de Assis. Mudamos muito. Claro. Mas nos gostamos ainda, queremos nos ver, nem que para pisarmos no mundo um do outro seja apenas por breves horas, não mais em tempo quase integral, como quando fazíamos trabalhos de escola, provas, farrinhas de adolescentes em micareta todos juntos.

Eles sempre representaram para mim um espaço de acolhimento e aconchego. Porque quando a vida me negava todos os dias o que eu mais queria, era com eles que eu ficava e chorava. Eram eles que me distraíam, cantavam BSB comigo... que foram ao meu primeiro show do Roupa comigo...
Não sei o que seria de mim sem meus amigos.
Minha adolescência foi uma época de inquietudes e, enfim!... suas companhias tornavam meus dias suportáveis, principalmente em 98. 
Gosto desta fase da minha história em que tudo está tranquilo, definido e os horizontes bem cristalinos e evidentes em relação ao que realmente sei ser melhor pra mim.
Aceitei muita coisa. Essas que a gente não pode mudar, nem deve querer mudá-las. É difícil. O processo foi leeento, dolorooso... masss passou. 
E é bom saber que, de alguma forma, suas vozes e sorrisos ecoam ainda em lembranças recentes, não em memórias longínquas de um passado distante, porque os dias de escola acabaram, mas a amizade, não!
Com carinho,
Mi.

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