terça-feira, janeiro 11, 2011


Composição de unicidade


Não sei (claro!) contabilizar todos os elementos emocionais, afetivos, psicomotores e comportamentais que nos formam e nos individualizam como seres humanos. Mas imagino que há uma infinidade deles a nos constituir e que todos se combinando, em maior ou menor grau de intensidade, são capazes de compor exatamente a fórmula do que somos.
Isso tudo obedecendo a uma coesão e lógica bem próprias...


Sim! Não somos nossos sentimentos, mas a consciência pulsante por trás deles. Refiro-me à união de cada um como uma espécie de elemento mesmo, ou força gravitando ao redor dessa consciência nem sempre consciente. Estão ali (aqui) formando camadas e camadas á nossa volta, harmonizando o grande coro de vozes que tecem a nossa maneira de ser e de nos mover no mundo.
Produzimos, de algum modo, um conjunto de traços capazes de nos diferenciar uns dos outros.
Mesmo nossos sentimentos de ternura ou de ciúme, por exemplo, o grau e a frequência com os quais se manifestam servem de sinalizadores para observarmos e conhecermos mais a nosso respeito.
Conversando com o Rafa, outra noite dessas, pensei que é a forma como interagem os sentimentos, nossas características e histórias de vida que fazem de nossa identidade única de verdade.
Parece fazer todo o sentido.
Talvez por esse motivo não exista, de fato, pessoas substituíveis.
Há quem diga que são, sim. Eu, no entanto, acredito que, no sentido integral do termo, não. Não são (Não somos!).
É possível preencher a vaga de um operário que foi embora por outro mais eficaz e qualificado ou por um ainda pior. Contudo, igual a ele (com seus defeitos e qualidades e toda a infinidade de traços que lhe são peculiares) ah, esses nunca encontraremos iguais, idênticos.


Possuimos todos nossa própria “lenda pessoal”, uma alma, um coração, um corpo. Uma unicidade identitária.
Nossa combinação genética, então... nem se fala. Nem mesmo gêmeos têm a mesma digital.
Isso deve valer também para a combinação dos relacionamentos. Queria poder escrever tanta coisa mais íntima... Esforço-me para me conter e lembrar que estou num espaço público, portanto... prefiro terminar logo com uma frase.
"Destino é igual à impressão digital: cada um tem a sua".
Mi.

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