quarta-feira, julho 15, 2009

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Homenagem à amiga Jackeline Santana
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Pela companhia há vinte anos
Pelas palavras que inspiram Força
Pela determinação que me contagia
Pelos e-mails cheios de risos, lirismo e seriedade
Pelas horas e horas conversando na varanda
Pelos shows e pelas micaretas compartilhados
Por compreender meus momentos de solidão
Por me entender, às vezes, melhor do que eu mesma.
Mi.


Green place
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Rios, árvores exóticas vindas de variados cantos do planeta.
Jardim dos sonhos...
Pedra preciosa em meio ao caos da cidade
Cheiro de fruta doce
Palmeiras colonias.
É aqui, assim, num lugar verde que ela mora.
Sua casa, seu quarto, seu jardim.
O espírito da mãe-natureza pulsando por trás de cada planta.
Mi.
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Posto o poema abaixo para me lembrar da nossa solidão de estar no mundo, onde tudo passa e corre para um lugar que desconhecemos. Na verdade, este poema contradiz a proposta da maior parte das poesias de Shopia.
Ela sempre se deixa fundir com a natureza. Já neste, porém, parece que a portuguesinha estava num dia daqueles mais perturbados, em que não estamos lá para brincadeiras nem dados a fantasias...
Acho que a escrita é isso...
Esta corda bamba onde nos equilibramos entre a Razão e a senbilidade...
***
Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.
Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.
Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.
Shophia de Mello.
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