segunda-feira, fevereiro 16, 2009



São Paulo
...
Cada vez que vou a SP, volto mais apaixonada. Respira-se arte. As pessoas parecem mais elegantes... Mais uma vez, Saramago me trouxe aqui. Como não sei se a exposição sobre sua vida estará em outros locais do país, antes de continuar por países estrangeiros, fui até o ITO. Passei horas, lendo textos nas paredes, como legendas de fotos... Vendo vídeos inéditos, conhecendo mais sobre ele.
Vimos passaportes antigos, agendas, manuscritos, a medalha original do prêmio Nobel. Do único dado a um autor de língua portuguesa.
Vendo-o falar sobre seu lado "vermelho", senti orgulho por estar
estudando sua obra. Tudo o que estudava na adolescência eram as músicas do Roupa Nova, ou os passos do namorado da época.
Como fui obcecada pelo Roupa, pelo Dennis.
Hoje, não consigo nem ouvir uma música. Dá agonia. Sei lá...





Bebi esta ilusão até o último gole... Não quis me tornar aquelas mulheres velhas que vão até hj ao show, pq na verdade não têm, ou não sabem que há outras coisas a fazer. Lembro das filas para os camarins, daquele pessoal do fã-clube que se detesta à toa. Tantas meninas e mulheres que me pareciam perdidas, sozinhas, correndo atrás de um sonho que pertence a outras mulheres, atrás de pessoas que mal as vêem. Enfim, só toquei neste assunto, pq as cidadezinhas no caminho, até a capital, me fizeram lembrar dos shows onde as meninas iam, alguns tantos eu tb fui, pelo interior do Sul de Minas para vê-los tocar, conversar um pouco. E foram bons. Claro. Mas estãooo lááá atrás. Outro capítulo do meu texto. Mas não quero mais pensar nisso. Hoje, tenho minha própria vida. Vou aonde quiser e não quero mais hospedar ilusões tão fortes comigo. Escrevo para deixar aqui minha última rosa. Este pensamento é um túmulo, onde não derramo um lágrima sequer em cima...
Pq vivi tudo o que deu para viver, cada letra, cada música, cada amizade.
E foi tudo jeito que foi, e ponto final. Fecha-se a porta, termina-se o poema, acaba-se o filme, tampa-se o buraco, e encerra-se a leitura, acaba-se a canção.
Minha música hoje chama-se literatura, e sem nenhum fanatismo.

Mi*

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