sexta-feira, junho 13, 2008


Vôo noturno


Espaço em branco. Vôo. Sozinha. Muitas direções.
Nenhum mapa a explorar... Perdida. Vazios.
Vôo, divago... Nada.
Frio.
Sou ave solitária vagando.
Subo, desço...
Entre sombras e galhos, rareio o contato com o Sol.
Mas ele aquece e faz bem; ora, resfrio.
Vaga-lume: acendo-me, apago-me.
Um e outro.
Pássaro solitário, enfrentando o Inverno,
ameno, porque, afinal, conheço a estação,
onde me aquecer... onde me resfriar.
E entre o cheiro da terra e o toque do Vento,
rendo-me à solidão de voar sem asas, sem Ar, sem teu amor.


Bahia, 11 de junho
Inverno de 2008
Michelle.

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