MAPA

Me toque assim
em voo rasante
como a chuva
que se aproxima.
 Como o vento entre
as dobras da chuva
... abrindo as janelas
do sótão

Me toque assim
 à ponta dos dedos,
tirando a poeira
de tantos séculos
de luz mortiça.
 [...] 

 Me toque debaixo da pele
ali onde dormem
gerânios esquecidos.
onde o sangue é mais
leve
e as lembranças
fazem cem vezes
o mesmo caminho.

Roseana Murray.

P.S. Não consigo mais escrever. Meu lirismo adormeceu de vez... Temo isso.
As palavras até vêm. Visitam-me. Mas logo fogem como um bando de pássaros qdo voam amendrontados por qq movimento. Travada. Totalmente. Sem inspiração. Ou... com muita? Mas retendo-a para não me precipitar, de novo, ante o precipício...
Tomo emprestadas as palavras doces da Roseana...
Mi-at home with mom.

Tudo o que eu queria
Era para sempre
esse eterno deslumbramento
de pássaro aprendendo o voo
de rio aprendendo a montanha

... Tudo o que eu queria
era para sempre
esse fôlego, esse brilho
esse abraçar o mundo
como se o mundo fosse um filho
e coubesse entre os braços.

****

O livro é a casa
onde se descansa
do mundo.

O livro é a casa
do tempo
... é a casa de tudo.

Mar e rio
no mesmo fio:
água doce e salgada.

O livro é onde
a gente se esconde
em gruta encantada.

Roseana Murray.

P.S. 2 Neste ano, quase não li nada. Comprei vários livros.

Abri-os e li algumas páginas. Cansaram-me e tudo me pareceu entediante dentro deles. Eram eles os opacos? Ou eu por dentro precisando abrir as portas de par em par?... (Alguma dúvida?).

Já q tão pouco posso e tenho a dizer...

tomo emprestadas as palavras da poeta querida, pq propagadar

poesia é melhor do q ficar em silêncio.

Mi.

Cada um tem suas luas

A terra tem uma lua, Saturno tem vinte, mas tem gente que possui, pelo menos, umas trinta luas perto de si. Cada lua representando um estado de espírito diferente. Minha melhor lua é aquela que ilumina os momentos em que estou com meus irmãos... Quando vejo mainha nos olhar com olhos de mto amor, por ver os 4 filhos juntos ao pé di si. Outros momentos iluminados assim têm tentado chegar... me esforço para percebê-los e alimentá-los. Regá-los como a uma plantinha... Tal qual, certa vez, uma pessoa me ensinou que devemos fazer com quem gostamos.  Tenho minhas luas. Como qualquer pessoa as tem...

Mi- in off!

PEDIDO 

Me deixa escrever paixão
ao teu redor.
Tecer a palavra como quem
enchesse o oco de uma fruta.
 Tudo será feito silêncio,
um vento quase de nada trocará nossos olhos,
uma água macia forrará nossos gestos.

Me deixa escrever teu nome,
me deixa te escrever.
 Só doerá um pouco,
quando encostar minha alma na tua...

Roseana Murray Poemas.

Superficialmente falando

Vou ver "Os Maias"...

Guardar o livro "O pequeno príncipe" com o qual trabalhei de novo esses dias. Sim, nossa... que coisa boa ler o capítulo sobre a raposa e o princepezinho. Ela lhe ensinando a criar laços, cativar, a amar sua rosa, mesmo cheia de defeitos, era A SUA rosa.  Pq, qdo a gente gosta de alguém é assim... podemos ver os defeitos, mas é preciso perceber o que há por trás dos espinhos. Pétalas macias... Perfume.

Cheguei ontem do Rio. Foi rapidinho. Um final de semana. Fui ver mais gente casar. A vista pro Lemblon linda... Mesmo à noite, via-se a Av. Atlântica e o clima estava agradável. Rever o Cristo de longe pairando sobre a montanha envolta em névoas nos acenando ao longe... muito bom! Os bondinhoss pequeninos, distantes, subindo e descendo. O Arpoador sereno com águas mansas (milagre!) e meu coração tranquilo, sem agitações, nem alvoroços. Apenas respirando o momento Mi carioca. Minha realidade me grita da outra janela do Word. Provas para elaborar. Os Maias, no Viva, pra assistir...
Eu vou seguindo meu caminho. Parece piegas, mas é uma ventura simplesmente seguir. Mas ainda me supreendo. Um rumo diferente que, do nada, minha vida tomou! Muita coisa mudou aqui. Nossa... mal posso acreditar.
Masss, foi do jeito que deveria, então, ter sido. Lembranças doem ainda? Já sofri tanto, tanto, a respeito desse tormento ao qual me refiro que meus diários se tornaram um verdadeiro muro das lamentações. De modo que não quero, nem posso mais me deter diante de obstáculos e simplesmente ceder aos dissabores. Quero alegria nos meus dias. Deus tem me dado isso. Até atéia deixei de ser, já que as bonanças têm vindo a se contrastar com o não-dito. E a vida não é assim? Esse jogo barroco de paradoxos e ambiguidades. Essa corda bamba sobre a qual nos equilibramos, ou tentamos...
Thats all! Mi - com vontade de escrever. Mas comedida. Afinal, esse blog me reeducou, ensinou-me a me calar. Mostrou-me os limites do Silêncio.

P.S. "quero fluir: as coisas passando eu quero é passar com elas".

Depois de 15 dias de aulas teóricas, na auto escola, finalmente... minhas tardes foram devolvidas para mim. No início, estava mais animada. No final, adormeci nas aulas e até sonhei! (mtos risos). Que aulas chatérrimas, meu Deus! Mas, enfim, cessaram ontem. O que levo de melhor é, sem dúvidas, a amizade da doce Patrícia Barros. Queridíssima! Nossa química foi instantânea. Aproveitamos o tempo juntas... Todas as tardes, lachamos na Rios (pãozinho doce, Polenghi, suco de morango, cocadinha que le me fez experimentar [viciei!]) e mtos papos. Sobre Gramado (ela morou lá qdo estava grávida), amor, família, frustrações (faz parte!), trabalho, tempo (passagem e sua atualidade). Levo comigo seu jeito bem resolvido, seguro, confiante... Ela leva de mim, decerto, minha calma e serenidade, como me disse. Hoje vou malhar, rever minhas gurias, aproveitar o calorzinho ameno desta tarde de verão. Logo mais à noite... tem "Os Maias", no Viva. Não me canso de ver, ou ler...

Afinal, foi com essa obra que fiqui curiosa em conhecer mais sobre a cultura de Portugal. A literatura, na verdade, me atrai demasiadamente. Depois de ver "Os Maias", li toda a obra de Eça. Veio a graduação em Letras, todas as disciplinas sobre Lit. Portuguesa, minha Pós na UERJ na área, minha outra pós, em Língua Portuguesa. Mestrado em Lit. portuguesa me levando mais a Pessoa, a Saramago e a todos esses grandes nomes lusitanos. Quanto à nossa lit. brasileira, claro... adoro. Mas foi com "Os Maias", sua Toca, seu Ramalhete... a força da história de um amor que se cumpriu mesmo em condições adversas, que me trouxe até aqui, a ser professora da área, a me entender mais sobretudo, lendoe interpretando o mundo e as sociedades, a partir da ótica de tão bons escritores.

Quanto a este blogue... estou pensando em acabar, colocá-lo ao fim de si, de meus limites. Começar outro. As amigos (os) pedem q não. Só assim têm mais notícias líricas de mim. Vontade de acabar tem me passado pela cabeça. Não sei... ou sei? Deixar os dias passarem mais... Vou malhar.

Hasta pronto!...

Mi.

ROUPA NOVA

No século passado literalmente!

(Em algumas meras fotos que achei perdidas aqui...)

Feghali: Essencial 1!

Barra da Tijuca - Rio.

 Uma lembrança querida: show da Ilha de Paquetá

nos todos na barca, Fê comendo biscoito de polvilho

carioca conosco.

.

 Essencial demais no Roupa! (meu preferido)
 "Cartas" saiu desse coração.

Uma lembrança querida: show de Volta Redonda qdo, eu morrendo de frio, ofereceu

o casaco, solícito e sensível como suas melodias.

Gente boa demais!

Não sei onde coloquei nossas fotos...

Uma lembrança querida: Itanhandu, eu caindo na escada ele, dando entrevista,
vindo me acudir. Eu levantando "Não, não, Paulinho, tá td bem! kkk".
(Rainha dos micos!! :)

Luis Fernando: Essencial N. 2
Uma lembrança querida: Show de Itanhandu -MG
Qdo escreveu em relevo sobre uma foto:
"Seja dona dos seus pensamentos para não se tornar
escrava de suas vontades".
Sinistro!...

Quatro anos sem Roupa Nova

Depois de 4 anos sem acompanhar mais os shows do Roupa Nova, hoje vi Diego cantando "Não dá pra ser feliz" na sala e comecei a corrigi-lo... Ninguém podia cantar música do RN errado perto de mim que me metia... corrigia, desde pequena cantava tudo!
Estava distraída no Face. Nem lembrava que ainda sabia cantar essa música. Puxei uma outra, aquela... "Do bem". Ele e Léo no violão...
Estou sem voz ainda, mas não resisti quando Diego dedilhou os solos do Kiko nesta canção que só mesmo fã conhece (escondidiiinhas elas).

Depois de anosss... lembrei, com carinho, dos camarins e  saguões de hotéis. Aquele sentimento de cansaço das filas passou. Ficaram as lembranças legais (sempre vencem!).

Na verdade, mal nos cansávamos, pq sempre alguém conhecido das famílias deles nos punha a todos pra dentro. Hoje, os acompanho de longe... É, de longe mesmo e está bom. Vejo os anúncios de shows nas paredes e outdoors qdo vou ao Rio, ou qdo aparecem na TV.
Mas não paro mais pra os ver, nem na TV tenho mais paciência. Conheço praticamente todas as histórias mesmo!...
A não ser outro dia, qdo vi o Cleberson (na Leda Nagli) dizendo que casou-se de novo (pasmei), procurei saber pra conferir... procede.

Apesar de adorar o Marcinho Hortsh, se um dia voltar a ver o fofo do seu pai Cleberson, vou lhe dizer um sonoro: fez bem!

Enfim, fofocas de fãs à parte, novidades a mais houve que pasmei muito. Sem maiores comentários...

Foi engraçado lembrar do 1o show em Fsa que fui com Jack e Cinho, qdo conheci a Déborah, amiga até hj... e depois td o que aconteceu de legal, as viagens, os micos, qdo "minha" família carioca, amiga do RN, me levou à casa do Kiko, do Feghali, ai que fofas as famílias! A Carol Feghali pequena, vendo-a hj linda cantora... Houve  os shows na serra, na Região dos Lagos, em Minas etc. Foram muitos. Até das partes ruins, hj, senti saudades.

Anyway... Operação do dia: recuperar meus CD's relíquias que Léo e, sobretudo, Diego monopolizaram. Fotos??? Jesus! Não lembro mais do paradeiro de quase nenhuma! Posto algumas, perdidas no fotolog da época.

Saudades distantes.
Mi.

Recomeça....

Se puderes

Sem angústia

E sem pressa.

E os passos que deres,

Nesse caminho duro

Do futuro

Dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances

Não descanses.

De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,

Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.

Sempre a sonhar e vendo

O logro da aventura.

És homem, não te esqueças!

Só é tua a loucura

Onde, com lucidez, te reconheças...

Miguel Torga.

Há 17 dias, antes do carnaval, enfim, tirei aquele sinalzinho de nascença que tinha no braço esquerdo. Há um tempo, dois médicos haviam pedido pra eu tirá-lo. Confesso, porem, não lhes dei mta bola. Enrolei o qto pude. A correria do dia a dia e tb... achava minha pintinha tão inofensiva. Enfim!... não era. Por pouco, não desenvolvi um câncer de pele, embora eu viva cheia de protetor, nd disso surte efeito diante de um trocinho poquitito que, às vezes, nasce com a gente.

Mas, graças a Deus (sim, como voltei a citar Deus), fizemos um golaço!! Retiramos a pintinha em tempo. E recomeço... desta vez, em vários sentidos, uma nova caminhada. Receosa, cismada (sou demais), cabrereira, mas, desta vez, só olho para frente! That`s all.

by Mi*